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Especial
01/07/2020 19:00:00

Cai a “última” barreira para a reabertura do comércio em AL


Cai a “última” barreira para a reabertura do comércio em AL

Blog do Edvaldo Alves

Os números, todos eles, sem exceção antecipam a decisão que será tomada pelo governo de Alagoas nesta terça-feira (30). O Estado deve avançar para a fase laranja dentro do “Plano De Distanciamento Social Controlado”, etapa em que será autorizada a abertura de lojas até 400m2, igrejas, salões de beleza e barbearias.

A decisão ainda não foi tomada. Mas o novo decreto que será publicado pelo governo de Alagoas e que deve valer entre os dias 1o e 14 de julho tende a dar início à flexibilização da economia.

Dentro a “matriz de risco” apresentada pelo governo, o avanço entre as cinco fases do plano (vermelha, laranja, amarela, azul e branca), vai se dar a partir da avaliação de critérios objetivos, a exemplo da disponibilidade de leitos hospitalares, da quantidade de novos casos e de óbitos do novo coronavírus em Alagoas.

A “matriz de risco” que define a passagem de uma fase para outra é baseada em três eixos: capacidade hospitalar instalada, evolução de óbitos por semana epidemiológica e taxa de crescimento da Covid-19.

De todas as regras postas, só faltava aparentemente uma que ainda deixava dúvidas sobre a evolução da fase vermelha para a laranja: a “ocupação de 70% a 80%” dos leitos com respiradores, que estava com percentual superior. Faltava.

O número de leitos ocupados não diminuiu. Mas entre sábado (27) e segunda-feira (29) novas UTIs e UTIs Intermediárias entraram em funcionamento, o que proporcionou redução no percentual.

Até a sexta-feira passada eram, no total, 278 leitos com respiradores. Agora, são 303. Com isso o percentual de ocupação, que passava dos 80%, caiu para 72%, dentro da “margem” da matriz de riscos. (Dados calculados de acordo com boletim de ocupação de leitos de UTIs e Unidades Intermediárias de 29 de junho).

Já a taxa de transmissão do novo coronavírus em Alagoas é a quarta menor do país e está agora em 1, (quando uma pessoa contamina outra, no máximo). Esse patamar é considerado “seguro” para a abertura de setores da economia – desde, claro, que seguidos os protocolos sanitários e o distanciamento social.

A evolução de novos óbitos e casos de Covid-19 por semana epidemiológica também apontam na direção da reabertura.

De 14 a 20 de junho, o Estado registrou 6.811 novos casos e 143 óbitos de Covid-19. Na semana epidemiológica seguinte, de 21 a 27 de junho, foram registrados 5.823 novos casos de Covid-19 e 127 óbitos. (Números prévios, calculados apenas com base nos dados dos boletins apresentados nas datas mencionadas).

Etapas

O plano conta com cinco etapas para retomada das atividades que estão suspensas no Estado em função da pandemia do novo coronavírus.

Os shoppings, pelo planejado, só devem ser reabertos a partir de 15 de julho. Mas lideranças do setor tem tentando fazer o governo a mudar de posicionamento. Para isso, estão mostrando que vão oferecer segurança para trabalhadores e clientes.

O governo, apesar do cenário favorável, pode decidir pela reabertura por regiões, começando por Maceió onde a situação está melhor controlada e o número de novos casos é decrescente.

Descompasso

A decisão que será tomada pelo governo deveria levar em conta também questões importantes, como a possibilidade de aumento do transporte público em Maceió e retorno do transporte intermunicipal, ao menos na região metropolitana. Afinal, trabalhadores enfrentam dificuldades para se deslocar até o trabalho. Dificuldades estas que aumentariam com a flexibilização de novos setores

Outro ponto que o governo deveria considerar é o setor de serviços na área de hotelaria. As empresas áreas estão retomando os voos regulares para Maceió já a partir desta semana. Até esta sexta-feira (30) a capital de Alagoas tem apenas dois voos diários, saindo para São Paulo. A partir do dia 2 e até o dia 8 de julho, algumas rotas estão sendo retomadas. Estão previstos 9 voos diários pelas empresas Azul, Gol e Latam, com saídas para Recife, São Paulo e Brasília, entre outros destinos.

Sem locais de hospedagem e alimentação, certamente a retomada da malha aérea será retardada. Mas essa é outra história.

Gazetaweb



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