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Os fragmentos de óleo recolhidos das praias alagoanas e pernambucanas na sexta-feira, dia 19, apresentam similaridade com o petróleo que atingiu todo o litoral do Nordeste no ano passado. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, dia 25, pela Marinha do Brasil.
A Marinha do Brasil informou também que, as partículas de óleo, recolhidas no litoral pernambucano e nas praias de Lagoa do Pau, em Coruripe e Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia, estavam dispersas e em pouca quantidade.
As equipes de Inspeção Naval da Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) e da Capitania dos Portos de Alagoas (CPAL) efetuaram a coleta do material, que foi enviado ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) para análise.
“A análise feita pelo IEAPM, com as amostras coletadas, concluiu que os resíduos apresentaram perfis químicos compatíveis com o material que atingiu a costa brasileira, sobretudo no Nordeste, em 2019”, informou a Marinha do Brasil.
De acordo com a Marinha, e com base no exame realizado, a chegada desse material deve consistir na reincidência de segmentos oleosos que não tinham sido anteriormente identificados durante as ações de resposta. Seu aparecimento decorre, possivelmente, de fatores meteorológicos, como alterações no regime de ventos e marés, que acabaram por revolver sedimentos e possibilitaram o ressurgimento desses fragmentos neste último final de semana.
Até novembro do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), mais de 2.250 toneladas de resíduos contaminados foram recolhidas no litoral alagoano.
O caso que atingiu 130 cidades de 11 estados completa um ano em agosto e tanto a origem da substância quanto às causas do desastre ambiental continuam sob investigação da Marinha e da Polícia Federal (PF).
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