16/04/2024 11:21:55

Economia
13/06/2020 11:00:00

Balança comercial de Alagoas tem deficit de R$ 354,5 milhões com pandemia

Apenas em maio, diferença entre exportações e importações no estado amargou um prejuízo de R$ 17 milhões


Balança comercial de Alagoas tem deficit de R$ 354,5 milhões com pandemia

A balança comercial de Alagoas, medida pela diferença entre as exportações e importações, registrou deficit de US$ 72,2 milhões - o equivalente a R$ 345,58 milhões no câmbio atual - nos cinco primeiros meses do ano, segundo levantamento divulgado na terça-feira (9), pelo Ministério da Economia. 

De acordo com os dados, as exportações alagoanas somaram US$ 217,4 milhões de janeiro a maio, um aumento de 52,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações movimentaram US$ 290 milhões, avanço de 32,2% na comparação com os cinco primeiros meses de 2019.

 

Em maio, de acordo com os dados do Ministério da Economia, as exportações renderam ao Estado US$ US$ 42,9 milhões - cerca de R$ 210,9 milhões no câmbio atual -, contra US$ 46,4 milhões movimentados nas importações - ou R$ 228 milhões. Com isso, o deficit da balança comercial alagoana no mês passado atingiu R$ 17 milhões, diz ministério. 

Segundo o levantamento federal, nos cinco primeiros meses deste ano, o açúcar representou 88% do total exportado pelo Estado. Nesse período, o produto movimentou US$ 192 milhões, um aumento de 56,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em valores absolutos, foram movimentados US$ 69,2 milhões a mais, em relação a 2019. A soja, segundo produto mais exportado por Alagoas, com 3,6% do total exportado, movimentou US$ 7,93 milhões nos cinco primeiro meses deste ano, o mesmo valor registrado no ano passado. O terceiro produto mais exportado este ano foi o milho não moído, exceto o milho doce, com 2,1% do total. 

Em valores, isso correspondeu a US$ 4,52 milhões, também sem variação em relação ao ano passado. Já em relação às importações, outros hidrocarbonetos e seus derivados halogenados, sulfonados, nitratos ou nitrosados representaram 9,2% do total comprado no exterior por empresas alagoanas, movimentando US$ 26,6 milhões, um aumento de 460% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. 

Em segundo lugar, aparecem adubos ou fertilizantes químicos, com 7,8% do total - ou US$ 22,6 milhões. Em todo o País, foram exportados US$ 4,548 bilhões a mais do que o importado, o que representou uma queda de 19,1% em relação ao resultado positivo de US$ 5,624 bilhões de maio de 2019. 

Este é o resultado mais baixo para meses de maio desde 2015, quando a balança tinha registrado superavit de US$ 2,751 bilhões. Com o resultado de maio, a balança comercial - diferença entre exportações e importações - acumula superavit de US$ 16,349 bilhões nos cinco primeiros meses de 2020, valor 19,5% inferior ao do mesmo período do ano passado. No mês passado, as exportações somaram US$ 17,940 bilhões, recuo de 4,2% em relação a maio de 2019 pelo critério da média diária.

A queda foi puxada pela indústria. A indústria extrativa exportou US$ 52,95 milhões a menos que em maio do ano passado, queda de 26,5%. A indústria de transformação exportou US$ 85,08 milhões a menos, queda de 15,9%. Na indústria de transformação, os principais produtos responsáveis pela queda das exportações são aeronaves e componentes, com redução de 94,1% na média diária de exportações, e veículos automóveis de passageiros, com queda de -90,2%. 

Na indústria extrativa, caíram as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-35,4%) e minério de ferro e seus concentrados (-23,1%). Somente a agropecuária exportou mais que em maio do ano passado. 

O setor vendeu US$ 99,88 milhões para o exterior, alta de 51,1%. As importações somaram US$ 13,392 bilhões, queda de 1,6% em relação a maio do ano passado pelo critério da média diária. As compras de itens ligados à agropecuária cresceram US$ 500 milhões (0,3%) na mesma comparação. As importações da indústria de transformação aumentaram US$ 18,08 milhões (3%), mas as compras da indústria extrativa recuaram 55,1%. 

Os principais produtos responsáveis pela queda nas importações foram os óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus, com redução de 82,7%; fertilizantes brutos, com recuo de 62,6%, e os minérios de cobre e concentrados, com recuo de 46,1%. Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2019 em US$ 46,657 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima menor superavit em 2020, motivado principalmente pela pandemia do novo coronavírus. 

As informações são da Agência Brasil.

Gazetaweb



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 21
Notícias Agora
Google News