Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que 87,1% dos adultos no país precisaram sair de casa ao menos uma vez na última semana. As entrevistas foram feitas no período de restrição de mobilidade por conta da Covid-19, entre 25 de abril e 5 de maio. Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram índice maior (89,6% na média) que Norte e Nordeste (82,3%).
O motivo mais frequente foi comprar alimentos (75,3%), para trabalhar (45%), procurar serviço de saúde ou ir à farmácia (42,1%), e porque estava entendiado ou cansado de ficar em casa (20,5%). A pesquisa tem margem de erro de 5%.
A pasta buscou também saber o que incomodou as pessoas, nas duas últimas semanas anteriores à entrevista, em relação ao distanciamento social imposto pela pandemia. A percepção da população e os reflexos na saúde mental têm sido considerados por representantes do governo como forma de criticar o isolamento social, medida atacada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na pesquisa, menos da metade (41,7%) disse que sentiu dificuldade de dormir ou está dormindo muito, 38,7% relataram falta de apetite ou comendo além do rotineiro, 35,3% apresentaram pouco interesse em fazer as coisas e 32,6% se sentiram "pra baixo ou deprimido".
- Todos esses sintomas, todas essas falas dizem respeito à questão da saúde mental - destacou Luciana Sardinha, Coordenadora-Geral de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis do Ministério da Saúde.
O hábito de lavar as mãos e limpar objetos tocados com frequência teve um pequeno aumento, entre pesquisa feita anteriormente pela pasta já no contexto da pandemia para a apresentada nesta sexta-feira: 84,5% da população relataram praticar as medidas de higiene, antes a taxa era de 82,7%.
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