O Brasil registrou, em 24 horas, 1.156 mortes e 26.417 novos casos de covid-19, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (28/05).
Trata-se de um recorde de novos casos. A maior marca até então tinha sido no dia 22/05, quando o país registrou que 20.803 pessoas tinham sido infectadas.
O total de casos desde a chegada do coronavírus ao Brasil é de 438.328 e de mortos, 26.754. O recorde de registros em 24h foram no dia 21/05 (1.188 mortes).
São considerados casos recuperados ao menos 177.604.
O Brasil já é o segundo país do mundo com mais infectados, atrás apenas dos Estados Unidos.
A taxa de letalidade da doença (ou seja, a relação entre mortes por casos confirmados) é de 6,3%. Todos os Estados já têm óbitos confirmados.
Lideram em números de casos e óbitos São Paulo (95.865 casos e 6.980 mortos), Rio de Janeiro (44.886 casos e 4.856 mortos) e Ceará (37.821 casos e 2.733 mortos).
Desde 21 de março, o Ministério da Saúde considera que há casos de transmissão comunitária do vírus em todo o país.
A transmissão comunitária ocorre quando há casos em que não é mais possível identificar a cadeia de infecção. Isso significa que o vírus está circulando livremente na população. A situação é diferente de quando há apenas casos importados ou de transmissão local, em que é possível identificar a origem da infecção.
De acordo com uma análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) baseada no estudo de 56 mil pacientes, 80% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar) e 6% doença grave (insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).
Nos casos importados, os pacientes se infectaram em viagens ao exterior. Nos casos de transmissão local, os pacientes se infectaram pelo contato próximo com casos do novo coronavírus.
Em todo o país, os Estados adotaram medidas para atender as recomendações do Ministério da Saúde. Passaram a ser proibidos eventos, de qualquer forma, para evitar aglomerações.
Diversas universidades e escolas pelo país suspenderam suas atividades nas redes públicas e particulares. Elas devem ser retomadas a partir do momento em que a situação da pandemia melhorar.
Também foram suspensas as visitas a pacientes internados por causa do novo coronavírus em hospitais públicos e privados e a detentos de unidades prisionais, assim como o transporte de presos para a realização de audiências.
Em 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.
A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa da Covid-19, a doença causada por este vírus. Mas especialistas estimam que essa taxa de letalidade gire em torno de 2% ou menos.
O Ministério da Saúde informou que estudos apontam que 90% dos casos do novo coronavírus apresentam sintomas leves e podem ser tratados nos postos de saúde ou em casa.
Mas, entre aqueles que são hospitalizados, o tempo de internação gira em torno de três semanas, o que gera um impacto sobre os sistemas de saúde, de acordo com a pasta, já que os leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) ficam ocupados por um longo tempo. Por isso, o governo vai buscar ampliar o número de leitos de UTI disponíveis.
Bbc News Brasil