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Municípios
20/05/2020 11:00:00

Prefeitos denunciam aumentos e querem apoio de órgãos de controle para frear abusos


Prefeitos denunciam aumentos e querem apoio de órgãos de controle para frear abusos

Com avanço da pandemia do Coronavírus nas cidades alagoanas, os gestores estão preocupados com o aumento abusivos nos preços em materiais de uso contínuo, como medicamentos, EPIs e pedem apoio aos órgãos fiscalizadores. A presidente da AMA, prefeita Pauline Pereira também destaca a necessidade de aporte, por parte do governo do Estado, de medicamentos para os municípios, tendo em vista que os fornecedores estão alegando falta de produtos.

“Nem para cotações eles querem participar e tampouco participar dos pregões, mesmo express e com pagamento à vista”, disse a presidente. “Os municípios estão com muitos problemas para tratar os pacientes. Como o Estado fez compras por requisição administrativa, só ele agora pode socorrer as cidades”, concluiu. A presidente também diz que os gestores estão fazendo o possível para tratar as pessoas que aparecem com sintomas nos municípios para evitar a sobrecarga nas UPAS, hospitais de campanha e unidades em Maceió.

Só como exemplo, a presidente ilustra o valor da máscara cirúrgica que era adquirida por R$ 0,098/ unidade e agora está sendo cotada, no valor mais barato, por R$ 3,77/unidade, ou seja 3 mil por cento a mais. Os gestores não estão conseguindo comprar mais nada com base nos preços antes da pandemia e precisam da ajuda dos órgãos de controle para não serem responsabilizados posteriormente em alguma fiscalização.

Para baratear os custos na saúde, e também pensando na economia e nos preços praticados, os 53 municípios consorciados compram pelo Conisul trimestralmente. De medicamentos mais simples, aos mais complexos, odontológicos, hospitalares e farmácia básica. Como o último pedido foi feito em fevereiro, antes da pandemia, e a próxima será no final de maio, os gestores já estão preocupados com os valores que vão encontrar.

Pelo consórcio, os 53 municípios têm redução média que varia de 30 a 40% porque compram medicamentos não apenas para a população local, mas para pouco mais de 1 milhão de habitantes.

Segundo avaliação da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, pela sigla em inglês), o aumento exagerado de preços de itens essenciais já foi denunciado e apela para que os governos, em todo o mundo, estabeleçam tetos que sejam respeitados.

Para o presidente do Cosems em Alagoas, Rodrigo Buarque, secretário de Saúde de Jundiá, a pandemia global está encarecendo a fabricação de medicamentos e insumos, mesmo com o presidente tendo postergado por 60 dias o reajuste de medicamentos, porque os fabricantes têm margem para aumentar dentro do limite global.

“É uma cadeia de situações que está colaborando para elevar os preços. As matérias primas e grande parte de produtos vêm da Índia e China que ainda não retomaram todas as atividades. A dificuldade de importação, a demanda maior que a oferta, suspensão de voos, isolamento social, comprometeram as importações que, acrescidas pela disputa internacional estão prejudicando os mais pobres e forçando os gestores a compras emergenciais, para atender aos doentes tendo em vista o aumento constante na curva da pandemia.

Para evitar problemas em futuras prestações de contas, a AMA recomenda aos gestores que deem publicidade, através dos portais de transparência, a todas as compras feitas, apresentado tabelas com os valores praticados antes e depois da pandemia para evitar fake News e uso político inadequado da situação.

Al1

Ascom AMA



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