O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, em suas redes sociais, que "o desemprego, a fome e a miséria será o futuro daqueles que apoiam a tirania do isolamento total" em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Em novo pronunciamento previsto para hoje à noite, em cadeia nacional de rádio e TV, o presidente deve defender a flexibilização do isolamento social. Ontem, o ministro da Saúde Nelson Teich pediu demissão por divergências na política de isolameto social e pelo pressão para mudança do protocolo do ministéria para o uso da cloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus, mesmo sem comprovação científica.
No post, Bolsonaro também compartilhou vídeo de coletiva do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em que defende o presidente. No vídeo, Onyx defende que o "Brasil tem que se preocupar sim com os aspectos econômicos". Segundo o ministro, "o desemprego, a fome e a miséria matam historicamente mais na américa Latina do que qualquer epidemia".
O isolamento social é recomendado pela Organização Mundial de Saúde e foi adotado por diversos países como forma de evitar a propagação do coronavírus e tentar minimizar os efeitos da pandemia. O combate ao novo vírus tem se mostrado mais eficaz, segundo médicos e cientistas, nos locais onde o isolamento foi feito com melhor planejamento e maior adesão da população.
A OMS também defende que, junto com o isolamento, os governos adotem ações para garantir que os mais vulneráveis possam adotar a medida.
Da AGÊNCIA O GLOBO
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