Delegado vai ouvir médica alvo de calúnia nas redes sociais na segunda-feira

O delegado José Carlos André dos Santos, da Seção de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, deve ouvir a médica Sarah Dellabianca na próxima segunda-feira (18). A infectologista, que atua no Hospital da Mulher, foi alvo de postagens caluniosas nas redes sociais e denunciou o caso à Polícia Civil.   

Segundo o delegado José Carlos, os responsáveis pelo compartilhamento das mensagens contra a médica podem responder por calúnia e difamação. "Já marcamos com ela para ser ouvida e estamos colhendo todo tipo de material que foi divulgado nas redes sociais para identificar o indivíduo que fez a publicação. Se a gente conseguir punir as pessoas que estão espalhando já é um alerta importante", lembrou José Carlos.

A publicação foi compartilhada via Whasapp e teria sido postada também no Instagram. A postagem trazia uma fotografia da médica com a acusação de liberar para casa pacientes com sintomas de Covid-19 que, logo depois, teriam ido a óbito. O texto abaixo da imagem dizia também que a médica teria recebido ordens do Governo do Estado para não aplicar hidroxicloroquina no tratamento dos pacientes.

Em Alagoas, além exercer a docência na Ufal e em universidade particular, Sarah atua como médica na rede privada e, atualmente, ocupa o cargo de gerente médica do Hospital da Mulher. Em nota, a Sociedade Alagoana de Infectologia (SAI) manifestou repúdio aos ataques pessoais contra a Infectologista Sarah Dominique Dellabianca. 

"Neste grave momento que se abate sobre a saúde pública no mundo, é absolutamente inaceitável que pessoas inescrupulosas se utilizem covardemente de notícias falsas e difamatórias em redes sociais contra a médica que vem realizando um trabalho digno durante essa pandemia pelo COVID-19, seguindo protocolos, rotinas e treinamentos à luz da ciência e dialogando com os membros dessa SAI e representantes médicos das várias unidades hospitalares do nosso Estado em busca das melhores condutas a serem adotadas no tratamento efetivo e racional para vencermos essa pandemia", declara a entidade.

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