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Alagoas
15/05/2020 16:00:00

Brasileiro Roberto Azevêdo renuncia à OMC em plena crise econômica mundial


Brasileiro Roberto Azevêdo renuncia à OMC em plena crise econômica mundial

O brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), anunciou nesta quinta-feira sua demissão, por "motivos familiares", em meio à pandemia do novo coronavírus, que gerou uma crise mundial.

Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente americano, Donald Trump, que já denunciou várias vezes o funcionamento da OMC, comentou: "Para mim não é um problema, a OMC é horrível."

Azevêdo anunciou que deixará suas funções no fim de agosto, um ano antes de concluir seu segundo mandato, e afirmou que não tem "nenhum projeto político". No Brasil, há quem atribua a ele ambições nas eleições presidenciais de 2022, contra Jair Bolsonaro.

"É uma decisão pessoal, uma decisão familiar, e estou convencido de que essa decisão serve aos interesses desta organização da melhor maneira possível", afirmou ele em uma videoconferência com membros da OMC.

A partida prematura do brasileiro ocorre no pior momento da economia mundial desde a Grande Depressão, na década de 1930.

O comércio internacional é seriamente afetado pela pandemia de coronavírus, que causou o colapso da produção e acabou confinando mais de dois terços da humanidade.

A OMC atravessa uma profunda crise há meses, desde que os Estados Unidos se opuseram em 11 de dezembro à renovação do órgão de apelação em disputas comerciais.

Os países membros recorrem a um órgão de resolução de disputas quando têm um litígio comercial entre si. Os processos de resolução são muito longos, geralmente duram anos, e o órgão de apelação é o que geralmente acaba resolvendo.

A renúncia de Azevêdo "acontece em um momento ruim para a instituição", estimou Sébastien Jean, diretor do Centro de Estudos Prospectivos e Informações Internacionais.

"O sistema comercial está profundamente desestabilizado por tensões anteriores, em particular as duras críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, as múltiplas violações de acordos, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e a paralisia do órgão de apelação. Sem esquecer as medidas adotadas em resposta à crise sanitária, em particular as diversas e variadas restrições às exportações", explicou à AFP.

Afp



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