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Comportamento
11/05/2020 20:00:00

Como pais do mundo inteiro estão mantendo seus filhos ocupados


Como pais do mundo inteiro estão mantendo seus filhos ocupados

Na pandemia do coronavírus nada mais parece normal. Não vamos mais para o escritório, não saímos para fazer compras e evitamos aglomerações. Mas, para quem tem filhos uma das maiores mudanças é ter as crianças em casa.

O. TEMPO. TODO.

Como pais estão lidando com a situação? Conversamos com pais em países que estão em isolamento há semanas e outros que ainda estão se acostumando com a nova rotina. Perguntamos o que eles estão fazendo para manter o espírito positivo – e as crianças, ocupadas.

Organize-se. Geoffroy Clavel, editor-chefe do HuffPost França, trabalha em casa com seus dois filhos ? Eve, 10, e Nathanael, 5. “Os rituais são importantes, e as crianças precisam deles mais do que nunca, pois suas rotinas foram completamente bagunçadas. Minha mulher e eu assinamos um “contrato” com nossos filhos, estipulando as horas em que todos devem trabalhar, quando comemos, quando brincamos, quando fazemos um pouco de exercício.”

Comunique-se e mantenha-se positivo. Antonia Daniek, da Alemanha, tem três filhos (de 12, 15 e 16 anos). “Organizamos nossa estrutura diária com um momento de concentração silenciosa pela manhã. Eles dormem até um pouco mais tarde e depois estudam por conta própria, além de um intenso tempo em família, com muita comunicação, que acontece à tarde. Conversamos, aprendemos e temos tempo para brincar. Para manter o espírito positivo, gostamos de inventar projetos criativos e de passar um tempo em nosso jardim. Respiramos e sorrimos, tentando a máximo manter-nos calmos e otimistas.”

Separe os dias de semana do fim de semana. “Como estamos presos em casa, é muito importante diferenciar os dias da semana com o fim de semana, quando relaxamos, jogamos algum jogo, cozinhamos juntos ou vemos algum filme”, acrescenta Clavel.

Desenhe. Giulia Belardelli, repórter do HuffPost Itália, tem dois filhos, de um e três anos. Eles estão presos em seu apartamento em Roma. “Durante o dia, brincamos, desenhamos, lemos, dançamos e tocamos música. Vemos um ou dois desenhos por dia, mas tentamos limitar o uso de eletrônicos. Na Itália, alguns professores pediram que todas as crianças desenhassem um arco-íris com as palavras ‘vai ficar tudo bem’. Desenhamos num lençol, que agora está pendurado na varanda.

Tente inventar jogos e brincadeiras. “Inventamos jogos e brincadeiras para estimular a imaginação e satisfazer a necessidade de atividade física das crianças. Elas adoram estar com a gente, mas começam a sentir falta dos amigos e, principalmente, de brincar ao ar livre. Na Itália, todos os parques foram fechados, e nas grandes cidades é muito raro ter um quintal. Felizmente, temos uma varanda: se o tempo estiver bom, passamos algumas horas brincando ali”, diz Giulia Belardelli, da Itália.

Não tente se transformar num superpai ou supermãe. “Em vez disso, assista a alguma coisa no YouTube ou procure zoológicos que estejam fazendo transmissões ao vivo. E respire fundo”, diz Kate Auletta, do HuffPost US.

Não deixe seus filhos assumirem o controle da casa. Jenny Johnson, do HuffPost US, tem dois filhos, de 12 e 10 anos. “Eles precisam e querem limites claros (e você também, acredite). Defina uma programação diária que forneça estrutura, mas seja flexível. Defina ‘expectativas’, que devem ser discutidas e revistas com frequência. Também é importante estabelecer as consequências caso as regras não sejam cumpridas ? inclua as crianças nessa negociação.

Não tente ensinar o que você não sabe. “Ainda não entende frações mistas? Nem eu. Deixe isso para os professores e concentre-se nas coisas que você sabe e gosta de fazer. Aprendemos a criar um orçamento e jogamos Catan [um jogo de tabuleiro] todas as noites. Quando estou me divertindo, eles também estão. Até os professores decidirem como fazer com as aulas online, essas atividades mantêm meus filhos ocupados: olhar álbuns de fotos antigos, escrever um diário, fazer aulas virtuais (pintura, música, dança), aprender a costurar, ajudar na cozinha e criar sua própria sobremesa, jogar jogos de tabuleiro, bate-papos com amigos pela internet, passear (muitas caminhadas), maratonas de filmes”, diz Jenny Johnson, dos Estados Unidos.

Não espere que corra tudo às mil maravilhas. “Às vezes a gente se cansa um do outro, rolam umas brigas. Mas estamos todos vivos, isso é o mais importante”, diz Valerie Howes, do Canadá.

Torne o confinamento uma experiência memorável. “Digo para os meus filhos que, embora esses sejam tempos incertos, essa é uma oportunidade única na vida de passar mais tempo juntos. Embora todo mundo tenha direito à privacidade e precise passar um tempo sozinho (incluindo os pais), tentamos compartilhar as coisas por meio de atividades. Como meus filhos não podem mais encontrar os amigos, vejo que eles estão se aproximando entre si, jogando e fazendo mais coisas juntos”, diz Geoffroy Clavel, da França.

*Este texto foi originalmente publicado no HuffPost US e traduzido do inglês.

 



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