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Economia
08/05/2020 20:00:00

Após um mês, 19 milhões ainda não receberam o auxílio emergencial

Cerca de 6 milhões de brasileiros ainda não tiveram o cadastro avaliado e mais cerca de 13 milhões tiveram o cadastro classificado como inconclusivo


Após um mês, 19 milhões ainda não receberam o auxílio emergencial

Nesta quinta-feira (7/5), faz um mês que o governo lançou o aplicativo de cadastro do auxílio emergencial. Porém, milhões de brasileiros ainda continuam esperando uma resposta do Executivo para saber se podem contar com o benefício dos R$ 600 durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo os números do governo, cerca de 19 milhões de brasileiros estão nessa "fila de espera". 51,1 milhões de brasileiros pediram os R$ 600 no aplicativo ou site. Porém, 6 milhões desses brasileiros ainda não tiveram o cadastro avaliado pela Dataprev e mais cerca de 12 ou 13 milhões tiveram o cadastro classificado como inconclusivo e, por isso, estão passando por uma reavaliação cadastral.

A autônoma Leilane Torres, de 42 anos, é uma dessas brasileiras. Ela conta que se cadastrou no aplicativo do benefício emergencial, no mesmo dia em que a plataforma foi lançada pelo governo, há exatamente um mês.

"Até a semana passada ficou em análise e deu dados inconclusivos. Eu tive que refazer a solicitação. E, até o momento continua em análise", relata, dizendo que os R$ 600 têm feito falta no orçamento.

"Minha situação financeira não está boa há um tempo", explicou a autônoma, que tem feito trabalhos manuais para tentar se sustentar. "Já não tenho mais esperanças de que o auxílio seja aprovado. Não estou contando com isso", lamentou.
 
O drama é o mesmo na casa do administrador Breno da Silva, de 26 anos. "Solicitei o auxílio, meu e da minha mãe, no dia 7 [de abril], no primeiro dia. Tive que refazer a solicitação, porque o aplicativo diz que temos dados inconclusivos e incorretos. Mas eles não dizem o que é", reclamou, contando que, enquanto a resposta do governo não vem, ele e a mãe estão dependendo da aposentadoria do pai.

"Ninguém será deixado para trás"

Diante de queixas como essas, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, foi ao Twitter, nessa quarta-feira (6/5) tentar tranquilizar essas pessoas. Onyx garantiu que todos que têm direito serão atendidos e afirmou que a determinação do presidente Jair Bolsonaro é de que ninguém será deixado para trás na crise do novo coronavírus.
 
"Há questões ainda pendentes, mas todos aqueles que têm direito vão receber. Entendemos a urgência daqueles que ainda não tiveram seus processos concluídos, mas a segurança é um importante pilar da operação", alegou Onyx.
 

Segunda parcela do auxílio emergencial 

O ministro ainda garantiu que o governo vai apresentar, até sexta-feira, o calendário de pagamento da segunda parcela, que é aguardado por outros 50 milhões de brasileiros que já receberam a primeira parcela dos R$ 600, mas já aguardam a segunda rodada do benefício há dez dias.
 
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, reforçou que depende da aprovação desse calendário e da análise cadastral dos dados dos brasileiros para dar sequência ao pagamento dos R$ 600.
 
Guimarães prometeu que, quando receber os dados de quem ainda tem direito aos R$ 600, a Caixa fará o depósito desse recurso de forma célere. "Quanto recebermos, faremos o pagamento em até 48 horas. Vamos pagar até dois dias úteis depois do recebimento. Mas precisamos receber o lote", afirmou.
 
Já sobre a segunda parcela, ele disse que a Caixa tem trabalhado para fazer com que esse pagamento seja mais organizado e, assim, evitar a formação de filas nas agências bancárias. Segundo ele, o cronograma deve ser mais eficiente, visto que agora o governo já sabe quantas pessoas vão receber o benefício.
 
Segundo Guimarrães, o banco não pagará a todos na mesma semana de acordo com o mês de nascimento. "De maneira que já temos a base de dados, poderemos ser muito mais eficientes. A grande maioria das pessoas terá essa organização com datas espaçadas", explica.

"O que aconteceu foi que pagar 20 milhões de pessoas que têm um conhecimento muito baixo da questão de tecnologia acabou gerando uma demanda muito grande", acrescentou Pedro Guimarães, garantindo que, por isso, "o segundo lote de pagamentos será feito de maneira muito mais eficiente".
 
Correio Braziliense


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