"A partir de segunda, dia 4, quem for usar transporte público será obrigado a usar máscara", afirmou Sánchez, acrescentando que o governo distribuirá seis milhões de unidades no país na própria segunda-feira e que dará outros sete milhões para prefeituras e províncias para que sejam distribuídas.
Em outros países europeus, como Itália, França, ou Alemanha, os governos também vão relaxando, gradualmente, as medidas de confinamento - uma decisão que continua subordinada à evolução do número de mortos e de casos de contágio e que exige medidas de proteção e distanciamento social dos cidadãos. O objetivo é evitar uma segunda onda de infecções.
Nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia no mundo, os estados também estão avançando na suspensão das medidas de confinamento.
E, em meio a isso, a Agência Americana de Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) aprovou com urgência um antiviral experimental, o remdesivir. Segundo a FDA, o remédio contribui para a recuperação mais rápida dos pacientes com COVID-19.
"Uma pequena caminhada"
"Vou sair pela primeira vez para uma pequena caminhada", disse à AFP Amalia García Manso, de 87 anos, usando máscara e luvas, enquanto descia lentamente a Calle Mayor, no centro de Madri, apoiada em sua bengala e no braço da filha.
Até então, os espanhóis podiam sair de casa apenas para ir trabalhar - caso o trabalho remoto fosse impossível -, comprar comida, ir à farmácia, ao médico, ou fazer pequenos passeios com os cães.
A partir de agora, os espanhóis devem respeitar faixas de horários, para evitar multidões e manter distantes crianças e idosos, que não poderão sair nos mesmos intervalos. A tarde é reservada para crianças menores de 14 anos, que podem sair acompanhadas por um adulto.
A suspensão das restrições está bem avançada na Alemanha, na Áustria e em países escandinavos, que continuam impondo, porém, "medidas de barreira" e distanciamento social. Enquanto isso, França e Itália se preparam para iniciar este processo em alguns dias.
O Reino Unido, onde o pico da pandemia foi atingido, de acordo com o primeiro-ministro Boris Johnson, prometeu um plano de desecalada para a próxima semana. O país é o segundo mais afetado na Europa, em número de mortes, depois da Itália.
No total, a nova pandemia de coronavírus causou mais de 238.000 mortes no mundo todo e 3,3 milhões de casos de contágio desde seu surgimento na China em dezembro passado, conforme balanço da AFP feito com base em fontes oficiais.
O país mais atingido no número de mortes é os Estados Unidos, com 65.068, à frente da Itália (28.236 mortos), Reino Unido (27.510), Espanha (25.100) e França (24.594).
Com 1.222 óbitos, a Rússia tem, hoje, o maior número de novos casos diários. Em torno de 2% dos residentes de Moscou - mais de 250.000 pessoas - sofrem da doença, disse o prefeito da capital russa, Sergey Sobianin, neste sábado, citando os resultados dos testes de detecção.
Correio Braziliense