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04/07/2009 00:00:00

Municipios


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com tudonahora // josenildo torres

O promotor de Justiça Hamilton Carneiro, que integra o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), afirmou que os oito presos durante a Operação Pesca de Bagre, deflagrada nesta sexta-feira, “montaram, com as devidas proporções, um esquema semelhante ao descoberto na Assembleia Legislativa do Estado (ALE)”.

Ele salientou que a quadrilha, “além de fraudar licitações, também praticou os crimes de peculato, ordenação de despesas indevidas – como faziam os parlamentares taturânicos –, e desvio de recursos do duodécimo Legislativo, que totalizaram R$ 2 milhões”.

Ainda de acordo com Hamilton Carneiro, as investigações teriam sido iniciadas em 2008, quando o promotor de Justiça de Pilar era Eládio Estrela, que foi substituído por Delfino Rocha. Antes de apresentarem denúncia ao Gecoc, os promotores do município encontram vestígios de improbidade administrativa, após a realização de uma auditoria nas contas do Legislativo.

Com o processo em mãos, os promotores do Gecoc realizaram uma investigação in loco e encontraram provas robustas de que havia ocorrido o desvio de recursos públicos. Daí porque, os dez mandados de prisão preventiva foram expedidos pelos promotores da 17ª Vara Criminal da Capital. “As prisões ocorreram para preservar provas, pois alguns acusados poderiam destrui-las, o que comprometeria o andamento das investigações”, justificou Hamilton Carneiro, em entrevista ao Tudo na Hora.

Próximos passos

Os acusados terão 10 dias para apresentarem suas defesas, onde poderão entregar provas de que não tiveram envolvimento no esquema fraudulento, desbaratado na Câmara Municipal de Pilar. Durante os depoimentos e a apresentação das defesas, a Justiça poderá realizar as audiências de forma conjunta ou em separado, caso o magistrado do caso julgue necessário.

Durante a operação foram presos os vereadores Patrícia Henrique Rocha, ex-presidente da Câmara; Roberto Cavalcante Silva, Damião dos Santos e Luiz Carlos Omena da Silva; os ex-vereadores José Hosano da Silva (ex-candidato a vice-prefeito), Amaro Veloso, Paulo Urbano Vieira, secretário municipal de Boca da Mata e Geraldo Cavalcante da Silva, atual secretário municipal de Turismo e Eventos.

Após terem sido submetidos a exames de corpo de delito, no IML de Maceió, os acusados foram transferidos para o Sistema Prisional de Alagoas, de acordo com informações divulgadas pela Assessoria de Imprensa da Polícia Civil de Alagoas. Ainda de acordo com a corporação, ainda estão foragidos o vereador Benedito Cavalcante de Barros Neto, filho do prefeito do Pilar, Oziel Barros, e Phylipe Avelino de Castro.



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