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03/07/2009 00:00:00

Polícia


Polícia

com cadaminuto // emanuelle oliveira

Os acidentes em rodovias estaduais e federais de Alagoas acontecem, geralmente, devido à falta de atenção, ao desrespeito à distância entre os veículos e ainda, ao limite de velocidade.

A conservação das pistas não é considerado o principal motivo de capotamentos, colisões e atropelamentos, que também vitimam animais. Mas, o tráfego de caminhões e carretas com carga acima do peso contribuem para deixar o asfalto esburacado.

Geralmente com velocidade máxima de 80 km/h, onde há uma tolerância de 7km acima do limite, as rodovias federais do Estado são a BR 101, BR 104 – única com duplicação em alguns trechos - BR 316, BR 423 e BR-424.

Já as estaduais ligam capital aos outros municípios alagoanos, como a AL-101 Sul – Maceió/ Barra de São Miguel e que está em fase de duplicação - e a AL 110, Maceió/Arapiraca. Nestas, ocorrem muita colisões frontais, que são uma das principais causas de acidentes fatais em pistas sem duplicação, ou seja, de mão única, aumentando a possibilidade de ultrapassagens perigosas pelos condutores.

Esses acidentes acontecem com frequência nas rodovias Al-220, Al-101-Sul, BR 101 e BR 316. Em 2001 cento e treze pessoas morreram em rodovias alagoanas; Em 2002 foram 104; Já em 2003 houve um saldo de cento e vinte; Em 2004 foram cento e cinco mortes; 2005 teve cento e
doze mortos; Em 2006 foram noventa e nove vítimas; Enquanto que em 2007 mais cento e quarenta pessoas e 2008 encerrou com noventa e oito mortos, num total de 773 acidentes fatais. A Lei 11.705 e os Decretos 6.488 e 6.489, conhecidos como "Lei Seca" contribuíram para a
diminuição desses índices ao longo dos anos.


Segundo o superintendente regional do Departamento nacional de infra-estrutura de transportes em Alagoas (DNIT), Fernando Fontes, por estarem dentro de um padrão nacional não é possível afirmar que o fato de estar em uma rodovia aumenta os riscos para os motoristas.

"O perigo é o excesso de velocidade e as manobras quando a pista é sinuosa ou tem trechos montanhosos. As condições de conservação dos veículos e a imprudência dos motoristas devem ser levados em consideração e a rodovia em si é um dos últimos itens causadores de acidentes", explicou.

O inspetor Jeferson Santos, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) reconhece que as condições das rodovias influenciam alguns acidentes.

"É claro que isso conta, porque é necessário fazer desvios arriscados diante de problemas na pista. Mas, na maioria dos registros a responsabilidade é do condutor", esclareceu.

No Brasil, houve um grande aumento na construção de rodovias mediante a criação do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), acarretando maior quantidade de pavimentações. Para conter os índices de acidentes, lombadas eletrônicas foram instaladas em alguns trechos dessas rodovias.

Em caso de desrespeito, acima de 20% do limite permitido o condutor está cometendo uma infração média. Entre 20 à 50% é grave e acima de 50% é considerada gravíssima. Placas de sinalização também são requisitos importantes para a redução de infrações e mortes.

Com recursos do PAC há previsão de que 80% das BRs alagoanas sejam totalmente recuperadas este ano, correspondendo a 234 quilômetros. Mas, de acordo com dados da PRF, mais de 80% dos acidentes acontecem em pistas em bom estado de conservação e nas retas.

Das oito principais causas de acidentes declaradas pelos motoristas estão: Falta de atenção, excesso de velocidade, desobediência à sinalização, falha mecânica, não manter distância segura, ultrapassagem indevida, defeito na via e sono - seis têm relação direta com o condutor.


 



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