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03/07/2009 00:00:00

Polícia


Polícia
 

Ao mesmo tempo que são divulgados dados sobre a violência em Alagoas, que tem crescido nos últimos anos segundo denúncias da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas – OAB/AL, uma modalidade de crime tem diminuído no Estado de forma rápida, estando hoje controlada e com todos os crimes esclarecidos.

O sequestro, modalidade de crime previsto no Código Penal Brasileiro - CPB, em seu Artigo 159, prevê prisão de 8 a 15 anos para seus envolvidos. Porém, a Lei aumenta a pena se forem observados alguns detalhes:

O inciso diz que se o sequestro durar mais de 24 horas e se a vitima é menor de 18 ou maior de 60 anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha, a pena é de 12 a 20 anos.

Já inciso diz que se o sequestro resultar em lesão corporal de natureza grave na vitima, a pena será de 16 a 24 anos, enquanto que no inciso 3° a pena será de 24 a 30 caso a vitima seja morta.

Em Alagoas essa modalidade de crime é combatida por policiais da Delegacia Anti-Sequestro, unidade do Departamento Especial de Investigação sobre o Crime Organizado – DEIC, cujo responsável é o delegado Paulo Cerqueira. Embora a criação do DEIC ainda espera a aprovação da Assembléia Legislativa de Alagoas – ALE, a unidade é composta por policiais que afirmam viver em completo alerta, monitorando principalmente o aeroporto e cidades da divisa do Estado com Pernambuco e Sergipe.

A DAS se fortaleceu ao longo dos anos ao comprovar sua autonomia e superioridade diante dos casos esclarecidos, localizando e prendendo, na maioria das vezes, os envolvidos nos crimes.

No ano de 2007, foram registrados 19 sequestros em Alagoas. O número caiu em 2008 quando foram registrados apenas 13 e este ano, até a primeira semana do mês de julho, só foram registrados 3 casos.

Casos

Em outubro de 2006, José Joaquim dos Santos, o "Cow", protagonizou um dos crimes que chamou a atenção e revoltou a população do Estado. Foi ele quem sequestrou no dia 1º de outubro, dia de eleições, Maria Luiza Braga, a "Malu", na época com 2 anos e onze meses, durante uma tentativa de assalto a uma panificação, localizada no Eustáquio Gomes de Melo, em Maceió. Na fuga, ele levou a criança, que estava dentro de um carro junto com a mãe. O pai da garota, um policial civil, estava dentro da panificação e atirou contra o sequestrador, que revidou e fugiu com a menor. O pai, que quebrou uma das pernas, ainda seguiu o carro com os criminosos, mas não conseguiu alcançá-los.

Foram vários dias de buscas, que contou com a ajuda da Polícia Federal. Apesar do crime não ter sido relacionado como um sequestro, pois não houve nenhum tipo de pedido de resgate, policiais da anti-sequestro tiveram participação ativa nas buscas até sua localização, na cidade de Japaratinga, litoral Norte do Estado. A criança, localizada pela PF, passeava de moto com integrantes da quadrilha. Durante todo o tempo, ela estava escondida na casa de um familiar de Cow.

Na ação, os policiais conseguiram prender José Sinvaldo dos Santos (irmão de Cow), Jackson Sarmento Lins e Lúcia Ferreira dos Santos (mulher de Cow), além da menor S.P.S. (17), que seria a responsável por tomar conta do cativeiro de Malu que durante seu sequestro, atônita ao perigo que corria, ficava na casa brincando com a filha menor de Cow. Chegava ao fim 10 dias de agonia para a família desesperada.

A polícia também prendeu o advogado e professor José Buarque do Nascimento, que ficou durante 62 dias em uma cela comum, junto com outros três, segundo ele na época, acusados de homicídios. O advogado é casado com uma irmã de Cow, Rosana Ferreira Lins, e segundo a polícia teria envolvimento com alguns crimes, entre eles, o seqüestro da menor Malu. Buarque se defende dizendo que apenas teve seu escritório contratado para defender Lúcia Ferreira dos Santos, mulher de Cow. O profissional irá responder na Justiça a denuncia de formação de quadrilha.

O criminoso foi localizado no município de Matriz do Camaragibe e reagiu a ordem de prisão, sendo baleado e morrendo durante o socorro.

Como em todos os casos de sequestros, a família e as vítimas demoram a retomarem a vida normal. No caso Malu, que passou 10 dias longe da mãe Maria Nogueira



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