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19/03/2020 09:00:00

14 de Maio de 2020: 51 anos da maior tragedia humanitária no Brasil

Se calcula que morreram mais de 900 pessoas naquele fatidico dia


14 de Maio de 2020: 51 anos da maior tragedia humanitária no Brasil

No final da tarde da ultima sexta feira a população da cidade de São José da Laje acompanhou compreensiva uma chuva intensa que se abateu sobre a cidade e a região da Mata qe durou cerca de 40 segundos mas foi o suficiente para alagar ruas e algumas residencias e rememorar entre os mais idosos a tragedia ocorrida hpá 51 anos passados (a maior tragedia humaitária do Brasil) onde se reporta prejuizos incalculaveis na parte baixa da cidade e o registro de mais de 900 pessoas entre mortos e desaparecidos.

Entretanto, a chuva, embora em periodo coincidente com o fatidico 14 de março de 1969 (diferença de 3 dias) cessou, a agua escoou e a normalidade voltou a aquela cidade fronteiriçacom Pernambuco. Reporta-se que uma senhora havia ficado presa em um carro que ficou sem direção levado pela água mas que foi salva pelo Corpo de Bombeiros.

A intensa chuva coincide com os festejos entre os catolicos da Padroeira do municipio, São José.

Tragédia em 1959 

A população já adormecera, pela noite houve a festa do Padroeiro São José, e todos foram colhidos de surpresa pela violência das águas que destruía toda cidade. O rio canhoto virou mar e quase sepultou a cidade. A tragédia, um dos maiores desastres naturais já ocorridos no planeta, foi notícia no mundo inteiro

Os que contam a tragédia dizem que se ouviu um pavoroso rugido, como o de um animal feroz se libertando. Os gritos se ouviram imediatamente, mas a tragédia tinha se iniciado e era impossível detê-la. Primeiro um rugido, como uma fera se libertando. Depois as águas foram tomando conta da cidade, levando homens, mulheres, crianças, destruindo o que houvesse. São José da Laje tornou-se ruína. (Revista O CRUZEIRO, 27/03/1969).

O filho de Severino Francisco de Araújo acordou chorando à 0h45min da madrugada. Este simples contratempo fez com que Severino, comerciante de São José da Laje, fosse a única pessoa a saber a hora exata em que começou a inundação. Severino também foi o primeiro a ouvir os gritos de uma mulher, que corria pelas ruas, assustada, alertando os vizinhos:

- O rio transbordou, vamos todos morrer afogados.

Tudo aconteceu numa rapidez incrível. O vigário correu para tocar os sinos da igreja, mas já era tarde demais: a cidade estava desperta, desarvorada com os postes que caíam e as casas que desabavam. (Revista Fatos & Fotos,03/04/1969)

Primeira página do Diário de Pernambuco, 16/03/1969

Destruição causada pelas enchentes em Alagoas assume dantescas proporções. São José da Laje é agora uma cidade que as águas riscaram do mapa. É impossível calcular-se o número de pessoas que morreram.

A DESOLAÇÃO - “Encravada no sopé da Serra da Canastra, a cidadezinha de São José da Laje, com uma população de 30 mil habitantes,se apresenta dizimada e poderá desaparecer do mapa alagoano se persistir agora as chuvas ...” ***** “ Católicos fervorosos, os habitantes de São José da Laje estavam festejando o padroeiro da cidade,e para isso haviam engalanado as ruas...” ***** “ O Prefeito Oscar Alves de Andrade, que decretou calamidade publica na cidade,disse que somente em 1945 se verificou uma enchente de tamanhas proporções na cidade.” JORNAL DO COMMERCIO, Recife, Domingo, 16/03/1969

SEPULTADOS 89 EM SÃO JOSÉ DA LAJE - Diário da Noite - Ano 24 - Nº 63 - Recife, 2ª feira, 17/03/1969.

UMA FLECHADA NO CORAÇÃO - A antiga Igreja de São José não resistiu às fúrias das águas. A foto acima foi estampada na primeira página do JORNAL DO COMMERCIO - Recife - Domingo, 16 de março de 1969.

DRAMA - “O drama de São José da Laje é falta de água potável. Médicos e estudantes de medicina que estão socorrendo a população não têm água nem para esterilizar os seus instrumentos. Isso tem prejudicado até a tarefa de alimentar os desabrigados, porque todos os gêneros enviados necessitam de água potável para o seu preparo, assim como leite em pó e charque.” - DIARIO DA NOITE - Ano 24 - Nº 63 - Recife, 2ª feira, 17/03/1969.

A ESPERA -Uma longa fila de flagelados esperava alimentos doados pelas autoridades às vítimas das enchentes em São José da Laje. - JORNAL DO COMMERCIO - Recife- Domingo,16 de março de 1969.

A FORÇA DAS ÁGUAS - "Airton Tenório Cavalcante, Juiz de Direito, estava desconsolado O rio levara todos os ses arquivos e documentos. Os corpos conhecidos , desconhecidos e irreconhecíveis eram enterrados sem distinção e sem controle. Não havia tempo para nada. Pelos escombros, as pessoas param e perguntam indiscriminadamente pelos parentes desaparecidos. > O senhor viu Toninho ? É um garoto de cabelo curto, barrigudinho, tem uma pinta no rosto < ". ***** " Um velho se aproxima e impede que se tirem fotos de sua casa destruída. Havia perdido a filha e a memória. Carregava uma caixa na mão e falava coisas desconexas.” – Revista FATOS & FOTOS, 03 de abril de 1969.

GOVERNO ANUNCIA QUE 233 CADÁVERES FORAM ENCONTRADOS ATÉ AGORA - AINDA CHOVE EM TODO O VALE DO MUNDAU - “Na cidade de São José da Laje as buscas continuam intensas, em meio a uma fedentina insuportável. Tal fato alertou as autoridades sanitárias para uma possível epidemia,mas a vacinação em massa,a farta distribuição de antibióticos e outras medidas preventivas afastaram essa hipótese.Apenas ocorreu um caso de tifo.Cerca de 10 mil pessoas já foram vacinadas contra vários tipos de doença” – DIARIO DE PERNAMBUCO – Terça feira, 18/03/1969.

site princesa das matas

 Agência Tribuna União

 

 

 

 

 

 


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