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Justiça
12/03/2020 07:00:00

TJ-AL determina retorno de prefeito de Maribondo à prisão

Câmara Criminal cassa habeas corpus de Leopoldo Pedrosa, que cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica


TJ-AL determina retorno de prefeito de Maribondo à prisão

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) cassou, nesta quarta-feira (11), habeas corpus concedido ao prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa (PRB), e determinou o recolhimento dele ao sistema prisional do Estado. O gestor, que já possui extensa ficha criminal e se encontrava em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, responde no caso em questão por tráfico de drogas. A decisão, determinada pela Câmara Criminal da corte, teve como relator o desembargador Washington Luiz Damasceno. 

"(...) o ora paciente tem conduta social reprovável, sendo de fácil verificação a extensa relação de processos pelos quais responde, processos que vão desde de porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso, passando por crime de violência doméstica, até crime de homicídio (...)", apontou o relator na decisão acatada por unanimidade pela Câmara Criminal do TJ-AL. O magistrado também acatou pedido da promotoria de Ministério Público de Alagoas, que havia pedido a revogação do habeas corpus, por considerar o acusado uma "personalidade voltada à prática delitiva", conforme consta na decisão do tribunal.

 

A assessoria de comunicação da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social do Estado (Seris), responsável pelo sistema penitenciário e o acompanhamento dos condenados e acusados por crimes que usam tornozeleira eletrônica, informou que a Polícia Penal tem executado a operação "Raio 0", para buscar quem descumpre as medidas determinadas pela Justiça e informou que, até o início desta tarde, o prefeito não havia dado entrado na prisão. 

Embora não confirmado oficialmente, a pasta também tinha recebido a informação de que Leopoldo Pedrosa, após ter tido conhecimento da decisão do TJ-AL, havia quebrado o lacre da tornozeleira eletrônica e fugido em seguida.

"Em reunião com a Corregedoria Geral de Justiça, ficou definido que, em casos de descumprimento de medida cautelar diversa da prisão, como é o caso de rompimento de tornozeleira eletrônica, a Polícia Penal tem que comunicar de imediato ao Poder Judiciário, para que o juiz competente do caso possa emitir, se for o caso, o mandado de prisão. Com relação ao caso do prefeito, ainda não há nenhuma informação", ressaltou a assessoria da Seris.

Leopoldo Pedrosa já havia sido preso, em 2017, acusado por violência doméstica contra a própria mulher, Meiry Emanuella, e a mãe dela e sogra do gestor, Rosineide de Oliveira Vasconcelos. Na ocasião, a vítima relatou à política ter sido agredida a ponto de desmaiar e que a mãe só não foi agredida com um pedaço de pau, porque uma irmã dela interveio.

O prefeito também já foi pego pela polícia em local de ponto de droga, onde foi apreendida uma exacerbada quantidade de entorpecente, 9,5 kg de maconha, segundo os agentes que efetuaram o flagrante. Ele ainda chegou a ser acusado por homicídio na morte de um corretor de imóvel, crime ocorrido em 2015, em São Miguel dos Campos.

Ao ter a prisão decretada por conta desta acusação de assassinato, em 2019, ele foi encontrado e preso pela polícia em um bar na cidade de Arapiraca, ocasião em que, segundo inquérito policial e conforme denúncia aceita pela Justiça, os policiais, ao realizarem revista pessoal no veículo do acusado, encontraram uma pistola, sem autorização de uso e um quilo de cocaína, o que gerou o processo em questão com a suspensão do habeas corpus e o retorno à prisão, determinado pela Câmara Criminal do TJ-AL.

 Gazetaweb

 
 


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