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Política
10/03/2020 09:00:00

Senador de AL Renan Calheiros critica distribuição desigual do bolsa família de Bolsonaro


Senador de AL Renan Calheiros critica distribuição desigual do bolsa família de Bolsonaro

Os números são oficiais. Os dados fornecidos pelo Ministério da Cidadania ao Congresso Nacional e obtidos pelo Estadão/Broadcast. A reportagem revela que o governo do presidente Jair Bolsonaro priorizou Estados mais ricos do Sul e Sudeste do Brasil na concessão de novos benefícios do Programa Bolsa Família (PBF), “em detrimento da Região Nordeste, que concentra 36,8% das famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza na fila de espera do programa”.

Segundo os dados do Ministério da Cidadania, em janeiro deste ano o Nordeste recebeu 3% dos novos benefícios enquanto Sul e Sudeste responderam por 75% das novas concessões. “Para se ter uma ideia, o número de novos benefícios concedidos em Santa Catarina, que tem população oito vezes menor que o Nordeste e é governada por Carlos Moisés (PSL), foi o dobro do repassado à região nordestina inteira, cujos governadores são da oposição”, diz trecho da reportagem.

O senador Renan Calheiros condenou a “inversão” do Programa Bolsa Família (PBF). “Os números mostram um favorecimento no pagamento do benefício aos eleitores de regiões fiéis ao presidente Bolsonaro. Cabe aos presidentes da Câmara e do Senado pedir explicações para manter a eficácia do programa”, afirmou o senador à reportagem do Estadão.”

Também no Twitter, Renan Calheiros condenou o ‘descalabro’ do programa: “Como relator do Bolsa Família, não concordo com o descalabro do programa. A inversão que passa a privilegiar o Sul, em detrimento de quem mais precisa, o Nordeste, deve ser corrigida pelo Congresso. Isso é nosso papel. Não sequestrar 30 ou 20 bi do orçamento, mesmo que por PLN”, disse.

No Twitter o senador também divulgou a planilha de dados que serviu de base para a reportagem do Estadão. (veja abaixo)

Inversão também no Norte

Os benefícios a “eleitores” de Bolsonaro não se restringem a região Sul. Rondônia, governado pelo Coronel Marcos Rocha, filiado ao Partido Social Liberal (PSL), foi o Estado que recebeu, proporcionalmente o maior número de benefícios. Fora 4.875 novos benefícios, o equivalente a 18,43% da fila de espera do Cadunico naquele Estado. Pará, governo por Helder Barbalho (MDB), que tem mais de 218 mil famnílias no Cadunico sem acesso ao PBF teve apenas 488 novos benefícios, o equivalente a 0,22% da fila de espera.

Sozinho Rondônia conseguiu emplacar 2,3 vezes mais pessoas no PBF em janeiro do que todos os outros Estados da região. Na região Norte foram 6.857 novos benefícios, sendo 2.072 para seis Estados e 4,7 mil para Rondônia.

Jornal de Alagoas



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