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24/06/2009 00:00:00

Polícia


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com gazetaweb // bruno soriano

O delegado Eulálio Rodrigues, acusado de liberar Moisés Santos da Costa Júnior, o 'Gil Bolinha', acusado de tráfico de drogas, foi preso na tarde desta quarta-feira e encaminhado, já no início da noite desta quarta, à Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Farol, em Maceió. A informação foi confirmada pelo delegado Mário Jorge Marinho, diretor metropolitano de Polícia Civil, a quem Eulálio se apresentou espontaneamente.

Eulálio Rodrigues chegou acompanhado à Casa de Custódia do delegado Antônio Carlos Lessa, presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol). A prisão é preventiva, por tempo indeterminado. À imprensa, Eulálio disse estar tranquilo. "Terei a oportunidade de provar à Justiça que não fiz nada de errado", resumiu.

Já o advogado de Gil Bolinha, Pastor Saulo Oliveira, que também teria envolvimento no crime, negociando o valor da propina para a soltura do acusado, já pode ser considerado foragido da Justiça. Com o escrivão de polícia José Carlos Minim (também detido na Casa de Custódia após se apresentar ao delegado Mário Jorge), o advogado foi o terceiro a ter a prisão decretada pela 17ª Vara Criminal da Capital. A Secretaria de Estado da Defesa Social já havia informado estudar o afastamento de Eulálio Rodrigues, titular da Delegacia da Barra de São Miguel.

Gil Bolinha foi preso na noita da última quinta-feira, 18, por policiais do 4º Batalhão, no bairro Bom Parto, com 350 gramas de crack, uma balança de precisão, um frasco de loló e uma motocicleta de placa e chassis adulterados. À polícia, ele se identificou como sendo Jonas da Silva Santos. Moisés, o 'verdadeiro' Gil Bolinha, foi recapturado um dia depois de ser solto, em um shopping situado no Barro Duro.

O acusado teria negociado sua liberdade por R$ 15 mil, valor que teria sido providenciado, do presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, pelo traficante Divanildo Nascimento Silva, 25, o 'Aranha'. Em recente entrevista concedida à Gazetaweb, o intendente-geral do sistema penitenciário, coronel Luiz Bugarin, garantiu que Aranha estaria incomunicável, sem direito a visitas: na triagem, revelou Bugarin, o reeducando é inspecionado três vezes ao dia, com direito a apenas um banho de sol.

"Ele só não foi transferido para o presídio de Catanduvas, no Paraná, devido a pedido do Gecoc [Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas, do Ministério Público Estadual] e da 17ª Vara", explicou.



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