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Educação
20/02/2020 23:00:00

Com dois novos programas, Estado quer transformar o perfil educacional dos alagoanos


Com dois novos programas, Estado quer transformar o perfil educacional dos alagoanos

Alfabetizar as crianças alagoanas na idade certa, reduzindo os riscos de distorção idade-série, repetência e abandono escolar, e diminuir o número de alagoanos que não concluíram os estudos. Essa é a meta dos Programas Criança Alfabetizada e Vem que Dá Tempo, lançados na manhã desta segunda-feira (17) no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió. O governador Renan Filho, o secretário da Educação, Luciano Barbosa, e os prefeitos dos 102 municípios alagoanos assinaram a pactuação de metas dos programas, que fazem parte do Escola 10.

Para que 80 mil crianças da rede pública sejam alfabetizadas até os sete anos de idade, o Programa de Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC) Criança Alfabetizada vai oferecer assessoria técnica, monitoramento, material de apoio e formações para gestores escolares, coordenadores pedagógicos, articuladores de ensino e professores das redes municipais e estadual, que atendem crianças dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. Já o Vem que Dá Tempo vai resgatar jovens e adultos que abandonaram os estudos, para que eles retornem à sala de aula e concluam os níveis de ensino, diminuindo assim o número de pessoas com baixa qualificação.

“Quando a criança não aprende na idade certa, todo o resto é prejudicado. Sem a base [da educação], a cada ano futuro se perde muito. Quando a gente alfabetiza a criança na idade certa, ela abre sozinha as próximas portas da vida”, afirmou o governador Renan Filho. “Antes do Escola 10 faltava engajamento, faltava todo mundo trabalhar num projeto único. Agora vamos dar continuidade a essa articulação de esforços na alfabetização e para quem deixou a escola”. Segundo ele, o Vem que Dá Tempo será transformado em lei para que se torne política pública de Estado, e não um programa de apenas uma gestão.

Na solenidade, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre o Estado e o Instituto Natura, a Associação Bem Comum e a Fundação Lemman, parceiros técnicos dos programas, que têm o apoio da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). “Todos os estudos indicam que, se a criança não se alfabetizar na idade certa, isso é carregado por toda a vida escolar e a vida adulta. Os resultados ruins do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), a evasão escolar, o nível de repetência, tudo isso tem a ver com a alfabetização. Então é uma tragédia silenciosa e muito grande não conseguir alfabetizar as crianças na idade certa”, explicou o diretor-presidente do Instituto Natura, David Saad, destacando que o Criança Alfabetizada é baseado em experiências já existentes.

O programa, por meio do Regime de Colaboração com o Estado, vem para auxiliar as prefeituras na alfabetização, que é de responsabilidade dos municípios. “Estamos, com isso, substituindo algumas ausências, assim como já viemos fazendo no apoio à pesquisa científica, por meio da Fapeal”, destacou o governador.

O secretário da Educação, Luciano Barbosa, aposta que este ano Alagoas estará entre os dez estados com o melhor Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no país. “O ato de hoje pode significar a entrada do Escola 10 na maturidade, na idade adulta, para que nós possamos melhorar a qualidade da educação. Vamos corrigir o fluxo no início da vida escolar, não vamos mais reter o aluno na rede”, disse.

O Escola 10, implantado no início de 2017, fez de Alagoas um dos estados que mais progrediu na qualidade da educação, de acordo com indicadores nacionais como o Ideb, no qual mais de 83% dos municípios alagoanos evoluíram suas notas. Nos anos iniciais do ensino fundamental, Alagoas saiu da 26ª para a 20º posição do ranking nacional. Nos anos finais, o estado deixou o 26º lugar – penúltima posição do ranking – e foi para o 19º, ultrapassando a meta estabelecida para 2021. Já no ensino médio, Alagoas subiu 11 posições, saindo da  última do ranking para 16ª.

Rateio do Fundeb – O governador Renan Filho afirmou que pretende pagar o rateio das sobras do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) antes do Carnaval. O pagamento depende da aprovação do projeto de lei pela Assembleia Legislativa Estadual (ALE). “Amanhã estarei na abertura do ano legislativo na Assembleia e farei um pedido: para que o rateio do Fundeb seja aprovado antes do Carnaval, para que possamos pagar aos professores antes da folia. Quem é professor do Estado vai receber um salário completo, mais 40% desse valor”, afirmou

Rena Filho também revelou que encaminhará, em breve, um projeto de lei para transformar as sobras do Fundeb em aumento salarial: “Ao invés de ter rateio uma vez no ano, vamos trocar isso por valorização e por salário maior ao longo da carreira. Por isso, nos próximos dias, vou enviar esse projeto para garantir ao professor da rede estadual um aumento real este ano”, finalizou

Repórter Maceió



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