25/04/2024 18:27:09

22/06/2009 00:00:00

Polícia


Polícia

com cadaminuto //

A transferência de 12 presos no último dia 19 do sistema prisional alagoano para a Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, no estado do Paraná foi o mais duro golpe no tráfico de drogas em Alagoas.

Em várias matérias ao longo dos últimos três meses o
CADAMINUTO
denunciou como os chefes do tráfico continuavam comandando suas áreas de dentro dos presídios alagoanos com a conivência e participação de agentes e policiais alagoanos.

A saída destes presos, principalmente de Osvaldo Correia de Souza o "Coroa" e José Antonio Alves da Silva " O Vaqueirinho" deixou um vazio na liderança dos principais grupos, que pode ainda se agravar com as possíveis transferências de outros presos perigosos, a exemplo de Aranha.

O
CADAMINUTO
ouviu juízes, promotores e delegados além de um dos presos que foram transferidos para o Paraná e traçou o perfil de importância de cada um destes 12 nomes no tráfico de drogas em Alagoas.

"Existem os que trabalham diretamente na linha de frente do tráfico e outros que fazem captação de dinheiro por meio de assaltos e sequestros, outros ainda são responsáveis pela cobrança e execução das dívidas, o tráfico não perdoa, quem deve e não paga acaba morrendo" explicou um delegado

Na relação dos transferidos estão Adeilson José da Silva (Pernambuco), 29 anos, preso no Sistema Penitenciário desde junho de 2007 por crime de extorsão mediante sequestro, roubo e formação de quadrilha; Antônio Marcos Soares dos Santos (Carioca), 30 anos, preso desde agosto de 2007 por crimes de roubo e sequestro; Flávio Soares da Silva (Flávio Ceguinho), 30 anos, preso desde julho de 2007, por crimes de roubo e tráfico de drogas; Israel dos Santos Teixeira (Raia ou Rael), 35 anos, preso desde setembro de 2005, crimes de roubo e formação de quadrilha; Jonathan Lopes da Silva (Mano), 40 anos, preso desde outubro de 2008, por crime roubo; José Antônio Alves da Silva (Vaqueirinho), 36 anos, preso desde abril de 2007, por receptação e formação de quadrilha; José Eraldo Bezerra Leite (Eraldo do Gás), 38 anos, preso desde janeiro de 2007 por crimes de roubo; Josinaldo Lisboa da Silva (Lisboa), 25 anos, preso desde dezembro de 2005 por crimes de roubo; Osvaldo Correia de Souza (Coroa ou Barão do Crack), 53 anos, preso desde março de 2008 por tráfico de drogas; Ricardo dos Santos Soares (Paulista ou PCC), 31 anos, preso desde agosto de 2007 por tráfico de drogas; Roberto de Oliveira Silva (Chicó), 25 anos, preso desde outubro de 2003 por crime de roubo; e Sérgio Murilo de Araújo Leite (Sérgio do Ovo), 42 anos, preso desde fevereiro de 2009 por crimes de homicídio.

"O Osvaldo e o Vaqueirinho são chefes de suas áreas, o Carioca e o PCC são grandões já o Eraldo do Gás é o maioral nos assaltos e funciona assim ele planeja o assalto, os cara dão cobertura e depois eles dividem o dinheiro" explicou um dos presos que continuam em Maceió a reportagem do
CADAMINUTO

Ainda foi apurado que existe uma tensão entre o grupo de Charlão e o de Aranha, os dois já foram aliados,  mas hoje lutam pelo mesmo espaço. Quando o Charlão ainda cumpria pena em Alagoas, andava com "proteção" dentro dos presídios, assim como Aranha, que ainda aguarda a transferência.

Um dos promotores explicou ainda que é provável que exista uma acerto de contas entre os traficantes que estão nas ruas, pois com a transferência dos antigos líderes do esquema haverá uma reconfiguração das lideranças

"É neste momento em que a polícia deverá agira, o tráfico ficou enfraquecido com as prisões e as transferências dos presos com seus consequentes isolamentos, a saída do Osvaldo acaba com a ponte entre a droga que vinha até mesmo da Bolívia para Alagoas e outras formas de chegada deste produto tem que ser coibidas" explicou o promotor.

A demora de quase dois anos em alguns casos de transferência se deu pela exigência de que cada nome deve ser analisado e aprovados pela Justiça Federal, de acordo com a Lei de Execução Penal e com resolução do Conselho da Justiça Federal, órgão do Superior Tribunal de Justiça.

Mesmo a transferência destes presos só foram possíveis com a interferência direta do Ministério Público Estadual e de acordo com todos os ouvidos pelo
CADAMINUTO
o caso do Aranha, do Charlão e do Gil Bolinha já está em análise e eles devem ter o mesmo destino dos demais.

"O apoio do Gecoc e da 17ª Vara foram imprescindíveis nesse processo. Foi um trabalho conjunto para evitar que estes presos continuassem de dentro dos presídios atuando no crime organizado. A lista de detentos foi rediscutida em reuniões, até chegarmos ao consenso daqueles que deveriam cumprir pena de forma isolada", enfatizou Luiz Bugarin, intendente-geral do Sistema Penitenciário.

 



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 43
Notícias Agora
Google News