25/04/2024 08:36:51

Justiça
09/02/2020 03:00:00

Policial civil acusado de matar gerente de posto é condenado a 18 anos de prisão


Policial civil acusado de matar gerente de posto é condenado a 18 anos de prisão

Foi condenado a 18 anos de prisão, pelo assassinato de Edler Lira da Silva Santos em junho de 2008, o ex-policial civil Jadielson dos Santos Nunes. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (6), no Fórum Desembargador João Oliveira Silva, em Arapiraca, Agreste alagoano. Os jurados rejeitaram o pedido de absolvição da defesa e condenaram o réu por homicídio qualificado. A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado.

Familiares de Edler acompanharam todo o júri, conduzido pelo juiz Geneir Marques Carvalho Filho, da 8ª Vara Criminal, e se mostraram contentes com a sentença. “Estamos felizes e agradecidos, o promotor e o advogado atuaram de forma brilhante. O júri não perdeu nenhum momento e todos agiram de forma justa. A Justiça foi feita, Graças a Deus”, comemorou a esposa de Edler, Karine Chistiane da Silva, em conversa com o Cada Minuto.

O crime aconteceu no dia 18 de junho de 2008, em um posto de combustíveis, do qual Edler era gerente, na zona rural de Coité do Noia, no Agreste alagoano.

O juiz Geneir Marques destacou a atuação e decisão dos jurados. Segundo o magistrado, coube a ele apenas conduzir o julgamento, mas que foram os jurados que entenderam por bem condenar o réu. “A mim apenas coube a tarefa de lavrar a sentença e dosar a respectiva pena. Foi dosada uma pena de 18 anos de reclusão, mas o mérito em si é dos senhores jurados", completou o juiz.

Para o magistrado, o réu demonstrou crueldade ao praticar o crime. “O réu demonstrou, durante os disparos, crueldade que extrapola o meio comum de se perpetrar o crime, tendo, como visto na filmagem que está acostada aos autos, que os disparos só cessaram quando o sangue ’jorrou’ da cabeça da vítima”, disse o magistrado.

Segundo Karine, a defesa de Jadielson ainda pode entrar com recurso, mas a família confia que ele irá cumprir a pena.

“Ele ainda pode entrar com recurso, mas confiamos na Justiça e que ele vai cumprir essa pena. Com tudo, estamos de coração aliviados. Graças a Deus a justiça foi feita”, completou a viúva de Edler.

Entenda o caso

De acordo com relatos da esposa de Edler, o crime aconteceu por um motivo banal, após uma discussão entre ele e o homem acusado de ser o mandante do crime, Antônio Ananias dos Santos, ocorrida cerca de 10 anos antes do crime.

Edler havia emprestado uma motocicleta para o cunhado de Ananias, que danificou o veículo. Ao cobrar do rapaz, a quem tinha emprestado, o reparo da moto, Ananias se intrometeu no assunto, discutiu e foi até a casa de Edler, onde o ameaçou, inclusive com uma arma de fogo. A polícia foi acionada e Ananias foi preso, mas foi solto no dia seguinte.

De acordo com as investigações, na manhã do dia 18 de junho de 2018, os acusados chegaram no posto, no qual Edler era gerente, em uma motocicleta. Ananias desceu do veículo e efetuou disparos contra Elder, enquanto Jadielson apontava uma arma para um frentista. Em seguida, Ananias voltou para o veículo e Jadielson teria efetuado mais disparos contra Elder, que já estava ferido no chão.

Os acusados chegaram a ser presos e, em outubro de 2013, um julgamento que aconteceria em Limoeiro de Anadia foi adiado, pela "possibilidade de parcialidade dos jurados convocados". O pedido de desaforamento foi encaminhado ao Tribunal de Justiça. Jadielson e Antônio Ananias foram postos em liberdade algum tempo depois.

Em junho de 2019, Antônio Ananias morreu, em confronto com a polícia, durante uma perseguição a um grupo suspeito de assalto a um correspondente bancário, em Pindorama, Coruripe, município do interior alagoano.

Nesta quinta-feira (6), Jadielson Nunes foi condenado por um júri popular a 18 anos de prisão. A família aguardava ansiosa a realização do julgamento e a decisão da Justiça.

Minuto Arapiraca



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 42
Notícias Agora
Google News