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Economia
08/02/2020 10:00:00

Brasileiro nunca retirou tanto dinheiro da poupança como em janeiro

Diferença entre saques e depósitos foi de R$ 12,3 bilhões, segundo o Banco Central. Baixo rendimento explica o fenômeno


Brasileiro nunca retirou tanto dinheiro da poupança como em janeiro

Com o rendimento em baixa por conta da queda dos juros, a poupança terminou o primeiro mês deste ano com um saldo negativo de R$ 12,3 bilhões. Foi a maior retirada mensal líquida da história.

Dados divulgados nesta quinta-feira (6/2) pelo Banco Central mostram que os brasileiros depositaram R$ 216,9 bilhões na caderneta de poupança em janeiro de 2020. Já os saques foram mais volumosos: somaram R$ 229,3 bilhões e levaram a retirada líquida ao recorde dos R$ 12,3 bilhões; 
 
Segundo a série histórica do Banco Central, que começa em 1995, só em janeiro de 2016 a retirada líquida havia se aproximado de um patamar como esse — chegou a R$ 12,03 bilhões na ocasião.
 
Tendência
 
O motivo dos saques em 2020, contudo, é bem diferente do de janeiro de 2016, quando o saldo negativo foi explicado pela crise econômica, que deixou muita gente sem emprego e, portanto, sem dinheiro para pagar as contas.
 
Agora, a poupança está rendendo menos que a inflação. E esse rendimento ainda foi achatado com o novo corte da taxa básica de juros (Selic), que passou de 4,5% para 4,25% ao ano nessa quarta-feira (5/2).

Quando a Selic está inferior aos 8,5%, o rendimento da caderneta de poupança representa 70% da Selic mais a taxa referencial, que está zerada.  
 
Em janeiro, portanto, o rendimento da poupança era 3,15%. E, agora, com a Selic em 4,25%, foi para 2,98%, bem abaixo da inflação prevista para este ano, que é de 3,4%. Dessa forma, para analistas, a tendência é que a retirada da popupança continue alto.
 
Correio Braziliense


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