Reunidos no auditório do Sindicato dos Bancários, nesta segunda-feira (13), agentes e escrivães da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) decidiram, em assembleia, paralisar as atividades por 72 horas, no próximo dia 20. Eles reivindicam ao governo Renan Filho (MDB) a implantação de piso de nível superior dentro da média nacional, que seria de, aproximadamente, R$ 6 mil. Finalizada a reunião, a categoria saiu em passeata para protesto à porta do Palácio República dos Palmares, no centro da cidade.
O ato, organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL), reuniu mais de 300 policiais e escrivães da capital e de cidades do interior. Atualmente, o piso inicial das categorias é de R$ 3,5 mil. O piso médio nacional é de R$ 6 mil, conforme o próprio sindicato.
Antes da decisão de hoje, o Sindpol já havia reunido os chefes de operações e chefes de cartório da Polícia Civil, para ouvir de cada um a situação que eles passam nas delegacias, bem como traçar estratégias de mobilização, reforçadas na assembleia desta segunda-feira. "Onde existe delegacia da Polícia Civil, existe insatisfação dos agentes e escrivães", reforçou Ricardo Nazário, presidente do Sindpol.
Dentre as dificuldades de trabalho relatadas pelos policiais civis, constam problemas que, segundo a categoria, prejudicam as investigações e conclusões dos inquéritos. Eles ainda criticam o que consideram ser uma postura de desrespeito e desvalorização profissional por parte do governo do Estado
A pauta reivindicatória contempla reajuste salarial, compensação financeira do aumento da carga horária, periculosidade e realização de concurso público. A campanha de valorização das categorias tem como mote "Quem reduziu os homicídios merece ser valorizado".
O protesto teve início com a assembleia no Sindicato dos Bancários, de onde seguiram em caminhada até o Palácio República dos Palmares, sede do Executivo Estadual. Bastante indignada com o descaso por parte do governador Renan Filho, a categoria exibiu faixas na grade do palácio, gritou palavras de ordem e decidiu paralisar as atividades por 72 horas, no próximo dia 20, como forma de chamar a atenção do poder público.
Alagoas NT