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13/06/2009 00:00:00

Economia


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Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de pesquisas para a agricultura familiar, o Programa de Aceleração do Crescimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (PAC-Embrapa) está destinando recursos para Alagoas. A primeira parcela do programa, no valor de R$ 950 mil, já foi liberada. Ainda este ano deverão ser liberados mais R$ 5 milhões para o Estado, e em 2010 a expectativa é que sejam destinados mais R$ 2 milhões para a pesquisa agropecuária.

De acordo com Josival Almeida, diretor de pesquisa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), os R$ 950 mil liberados agora correspondem ao ano de 2008, por isso que no segundo semestre de 2009 deverá haver uma nova liberação de recursos. “O PAC-Embrapa prevê uma destinação de R$ 238 milhões para 17 estados no período 2009-2010”, lembra Josival.

O diretor e outros pesquisadores e técnicos da Seagri participaram de uma reunião com pesquisadores da Embrapa, para dar andamento à elaboração do plano de trabalho que visa à execução dos recursos liberados pelo PAC-Embrapa para o Estado.

Durante o encontro, na sede da Seagri em Maceió, os pesquisadores Edmar Ramos de Siqueira, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Sergipe, e SelmaTavares, da Embrapa Solos, de Pernambuco, explicaram que grupos de trabalho foram criados em todos os estados que estão recebendo recursos oriundos do PAC-Embrapa. “A meta do programa é reestruturar os laboratórios e as estações de pesquisa para que possam ser desenvolvidos trabalhos que beneficiem a vida dos pequenos agricultores”, comentou Edmar Ramos de Siqueira.

Em Alagoas, os recursos serão aplicados na reestruturação de três estações de pesquisa coordenadas pela Seagri, que ficam em Arapiraca, Igací e Santana do Ipanema, e na reestruturação do prédio-sede da pesquisa rural, que fica em Maceió, no bairro de Jacarecica.

“Essas estações serão equipadas para que possam desenvolver produtos melhor adaptados à região e tolerantes a pragas e doenças, a exemplo de feijão, milho, mandioca ou palma”, cita Josival Almeida. “As estações também deverão trabalhar em cima das demandas levadas pelos sindicatos, agricultores e extensionistas”, completa o diretor.

Palma e sorgo

Pesquisas que visam beneficiar os pequenos agricultores já estão em andamento. Segundo Fernando Gomes, coordenador dos trabalhos com palma e sorgo forrageiro na estação de Santana do Ipanema, sementes de sorgo mais resistente às condições ambientais do semi-árido estão sendo multiplicadas.

“O sorgo do tipo ff-15 consome metade da água que o milho consome, por exemplo, para produzir forragem, e quando ele é cortado, nasce novamente”, explica Fernando Gomes. “A forragem é muito utilizada como alimento para o gado dos pequenos criadores na época da seca, mas ainda se usa mais o milho do que o sorgo para produzi-la”, comenta o pesquisador, que pretende incentivar o cultivo do sorgo para essa finalidade.

Na estação de pesquisa de Santana do Ipanema também são cultivadas diversas variedades de palma forrageira, inclusive resistentes a pragas, como a cochonilha do carmim.

Fonte: Diego Barros/Seagri



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