Você já ouviu falar em ‘Tarifa Branca’ de energia elétrica? É bom se inteirar. Trata-se de um sistema tarifário com variação de preço conforme o dia e o horário do consumo, segundo parâmetros estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e empresas distribuidoras.
Fala-se que esse sistema pode proporcionar uma margem de até 20% de economia na ‘conta de luz’, a partir da mudança de hábitos de consumo, evitando os horários de ponta e concentrando o maior uso da energia nos horários considerados mais ociosos (fora de ponta), em que as companhias energéticas oferecem energia mais barata.
Embora pouco conhecida, a Tarifa Branca existe desde 2018, inicialmente restrita a consumidores com perfil acima de 500 KW / mês. Em janeiro de 2019, ela foi ampliada para a linha de consumo acima de R$ 250 KW e agora, a partir deste mês de janeiro, o sistema tornou-se disponível para todas as unidades consumidoras do país, atendidas em baixa tensão (exceto aquelas já incluídas no regime de Tarifa Social). Já está valendo. Mas para usufruir, é preciso entrar em contato com a fornecedora (Equatorial) e solicitar adesão.
Mas, ATENÇÃO!
Segundo os especialistas, esse regime só compensa para quem, de fato, consegue se adequar a um padrão de consumo que evite os chamados horários de pico. E é preciso disciplina no controle desses horários, senão a tentativa de reduzir a conta, pode produzir um efeito contrário e torná-la mais cara.
Os parâmetros da Aneel contemplam três faixas de horário diferentes nos dias úteis: O de ponta, em que há maior demanda de consumo e a energia é mais cara; o fora de ponta, em que o consumo é menor, a oferta fica ociosa e a energia é mais barata; e o intermediário que compreende uma hora antes e uma depois dos horários de ponta, e o preço fica no meio-termo. Nos finais de semana e feriados, o valor considerado é sempre o fora de ponta, em qualquer horário de uso.
Na média nacional, a tabela é a seguinte: Horário de ponta – das 19 às 22 horas; intermediário – das 18 às 19 e das 22 às 23 horas; fora de ponta (energia ociosa, mais barata) – 23 às 18 horas. Mas cada distribuidora de energia define as faixas de ponta de acordo com a capacidade ociosa. Em Alagoas, segundo quadro divulgado no site da Aneel, o horário de ponta (mais caro) foi estabelecido entre as 17h30 e as 20h30. O intermediário é das 16h30 às 17h30 e das 20h30 às 21h30, e o horário fora de ponta (apropriado para quem adere à Tarifa Branca) é das 21h30 às 16h30 do dia seguinte.
Vai experimentar?
Você precisa solicitar a adesão pelos canais de atendimento da Equatorial. A empresa vai instalar um novo medidor na sua unidade consumidora, já adequado para registrar o consumo de acordo com os horários em que a energia elétrica da sua residência é utilizada, com os respectivos valores diferenciados.
Antes de pedir adesão, analise seu perfil de consumo. Por exemplo: A que horas são usados, na sua casa, o chuveiro elétrico, o ar-condicionado, o ferro elétrico – aparelhos que mais contribuem com o consumo de energia numa residência? É possível remanejar esse uso para os horários fora de ponta, após as 22h, por exemplo? Se a resposta é sim, vá em frente. Senão, talvez seja aconselhável permanecer com a tarifa convencional.
Na dúvida, faça a adesão e no primeiro mês compare as conta, de antes e depois da tarifa Branca. Se constatar que a mudança não foi vantajosa, você pode retornar ao sistema tarifário anterior. Contudo, assim fazendo, só poderá pedir novamente adesão à Tarifa Branca após carência de 180 dias.
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