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09/06/2009 00:00:00

Polícia


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com gazetaweb // janaina ribeiro

A operação acabou, mas as investigações continuam em ritmo acelerado. Desde a última quarta-feira (03), quando foi deflagrada a operação ‘Denário’ - uma alusão à moeda de grande circulação na época do Império Romano -, a Polícia Federal e o Ministério da Previdência Social já ouviram mais de 50 pessoas, foram indiciadas outras 19 e 26 laudos estão periciados e deverão ter seus resultados divulgados amanhã (10).

De acordo com o delegado Delano Cerqueira, que preside o inquérito, além dos 14 indiciados na semana passada – despachantes previdenciários, uma médica psiquiátrica e um sindicalista rural -, mais cinco pessoas também confirmaram participação no esquema que desviou cerca de R$ 3,2 milhões dos cofres do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.

“Já conseguimos ouvir mais de 50 pessoas, entre os diretamente acusados e os beneficiados pelas fraudes de aposentadorias falsas. Conseguimos indiciar também cinco atravessadores, que pegavam os documentos falsificados e acompanhavam os pretensos segurados aos postos do INSS”, declarou a autoridade policial.

Perícias em 26 laudos

Segundo o delegado, a Junta Médica do Ministério da Previdência Social, composta por três profissionais, desde a última segunda-feira (01) está em Alagoas periciando os atestados médicos conseguidos pelas quadrilhas fraudadoras e que foram assinados pela médica psiquiátrica que ainda não teve o seu nome revelado. "São médicas, vindas de Brasília, que há uma semana trabalham em cima desses documentos. Nesta terça-feira (09), elas já começaram a digitar os novos laudos, que até agora, somam o quantitativo de 26. O resultado da autenticidade ou não deles sai amanhã”, informou Delano Cerqueira.

Como começaram as suspeitas de fraude

Ainda de acordo com o delegado, as suspeitas de fraude começaram depois que o Ministério da Previdência Social desconfiou da grande quantidade de benefícios que estava sendo concedida para cidades do interior de Alagoas. "Fizemos um cruzamento de dados e verificamos que o município de Palmeira dos Índios, por exemplo, estava com um número equivalente de benefícios ao da capital Maceió. As informações foram passadas para a Assessoria de Pesquisa Estratégicas do Ministério da Previdência que, nos informou o que estava acontecendo e começamos a investigar", acrescentou o delegado.

O inquérito deverá ser concluído até o final da próxima semana e os envolvidos serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e produção de documentos falsos e poderão pegar até 13 anos de detenção.

A operação ‘Denário’ desbaratou um esquema ilegal que conseguia benefícios previdenciários, de forma fraudulenta, como Auxílio-Doença, Aposentadoria Especial Rural e Benefício Assistencial LOAS por Incapacidade. Duas quadrilhas agiam aliciando famílias e fraudando documentos. Ela foi desencadeada nos municípios de Palmeira dos Índios, Arapiraca, Olho d'Água das Flores e Batalha.



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