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08/06/2009 00:00:00

Especiais


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A delegada Maria Aparecida, do 22º distrito policial, confirmou com exclusividade para o Alagoas em Tempo, que a droga Cristal Meth, conhecida também como Cristal da Morte, já está circulando em Alagoas, principalmente em Maceió. A droga que está tirando o sono do poder público norte-americano, está sendo comercializada por traficantes do bairro Benedito Bentes. “Essa droga, é mais nociva que a Merla e os efeitos aos usuários é devastador principalmente porque estoura todos os dentes e as gengivas do consumidor. Tenho conhecimento da presença dela no Benedito Bentes, mas, já tenho suspeita que ela está sendo comercializada na minha área que compreende as favelas localizadas no Trapiche da Barra e no Vergel e já estou investigando através de minha equipe de trabalho”, disse a delegada.


Segundo a delegada, “O número de usuários desta droga no Brasil é mínimo, mas o fato dela ser 60 vezes mais potente que a cocaína e devastadora por excelência, preocupa a polícia, os órgãos de saúde e de combate às drogas.

Meth vem do hebraico morte e, realmente, é o nome mais adequado para esta bomba. Seus efeitos imediatos são a euforia, aumento do desejo sexual, mas depois pode causar inúmeros transtornos. A destruição física é notória e fora do país é um dos assuntos que mais preocupa as autoridades, quando se fala em Cristal Meth”, disse a delegada.
O que é a droga


O farto material foi publicado no blog da delegada e traz o texto da jornalista Suzane Furtuoso, publicado no site da revista Época, reproduzido abaixo na íntegra:
A droga que mais preocupa as autoridades americanas começa a aparecer em raves no Brasil. Uma pedra cristalina, aparentemente inofensiva, tornou-se o pesadelo da sociedade americana. A droga, conhecida como crystal meth ou ice - entre outros nomes -, tem o nome técnico de metanfetamina, é destrutiva e pode ser usada das mais variadas formas: ingerida em cápsula, derretida para ser injetada, cheirada como a cocaína e fumada como o crack.

Com o tempo, a sensação de euforia e o aumento do desejo sexual, produzidos pelas altas doses de dopamina liberadas no cérebro, dão lugar a pânico, alucinações, agressividade, convulsões, falta de apetite, risco de derrame, colapso cardiovascular, corrosão de dentes e gengivas. A droga não custa a levar à morte - e está sendo considerada uma epidemia sem precedentes.

Esse quadro assustador dá seus primeiros passos também no Brasil. Desde o começo do ano, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos vem fazendo apreensões da droga em raves e faculdades de São Paulo. No dia 20 de agosto, a Operação Dancing, de combate ao tráfico de drogas sintéticas, prendeu 20 jovens numa rave em Indaiatuba, no interior do Estado, com ecstasy, LSD, maconha e a preocupante novidade.
Ainda não há pistas de como o tóxico entra no país porque a polícia não conseguiu chegar aos traficantes. Assim como o ecstasy, por aqui a crystal meth custa caro e está restrita à classe média alta. Nos Estados Unidos, antes de entrar na moda, foi durante muito tempo a droga típica do meio rural, produzida em laboratórios de fundo de quintal a partir de ingredientes tirados de remédios comuns.

O Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas de São Paulo também registra a presença da crystal meth. O diretor da instituição, o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, já identificou o uso do entorpecente entre jovens pacientes. "Quem experimentou utiliza outros tipos de droga. A descrição é de um ecstasy turbinado", diz. O médico considera preocupante o surgimento da moda. "Por ser sintética e misturada com substâncias cuja reação no corpo é desconhecida, pode se tornar um sério problema de saúde pública", destaca.

Nos Estados Unidos, a meth é tratada como uma epidemia sem precedentes
A pseudoefedrina - usada para produzir metanfetamina, um derivado sintético mais potente da anfetamina - é o estimulante que dá base à droga. É relativamente fácil de produzir, mas perigoso. São comuns explosões nos laboratórios clandestinos que proliferaram no interior dos EUA.

Mais de 12 milhões de americanos já experimentaram metanfetaminas e 1,5 milhão são usuários regulares, de acordo com estimativas governamentais. Ao que parece, nenhum dos Estados escapou da crystal meth. O Missouri está no topo da lista, com mais de 8 mil laboratórios clandestinos. Pesquisa da National Association of Counties feita com autoridades de 45 dos 50 Estados americanos mostrou que, para 58% deles, a crystal meth é, atualmente, a droga mais preocupante. Depois vêm a cocaína, com 19%, a maconha, com 17%, e a heroína, com 3%.

A metanfetamina não é uma droga nova. Como a maconha e a heroína, porém, tornou-se mais poderosa graças à tecnologia. Na década de 50, era prescrita para dietas e casos de depressão. Foi proibida nos anos 70, mas continuou a ser fabricada clandestinamente no interior dos EUA. Na década passada, o tráfico organizado mexicano começou a produzir meth. Hoje, metade da droga consumida é feita no México.
 

por Jornal Alagoas em Tempo
 


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