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Governo
14/12/2019 13:00:00

Governo federal libera R$ 150 milhões para ajuda emergencial à Saúde do Rio


Governo federal libera R$ 150 milhões para ajuda emergencial à Saúde do Rio

O Ministério da Saúde anunciou que vai liberar, na manhã desta sexta-feira (13), R$ 150 milhões para a Saúde da cidade do Rio de Janeiro. A verba faz parte de um acordo de emergência firmado com a prefeitura.

Segundo o jornal O Globo, os recursos são de uma dívida que o município cobra da União na Justiça relacionada a 23 unidades federais de saúde municipalizadas entre 1994 e 2000.

No fim da tarde desta quinta-feira (12), o Tribunal Regional do Trabalho determinou o confisco de R$ 300 milhões nas contas do município – esse dinheiro tem que ser usado no pagamento de salários atrasados de profissionais da saúde.

Ainda na quinta, o município apresentou 35 contas nas quais haveria R$ 425 milhões – segundo a prefeitura, elas poderiam ser bloqueadas para que os recursos sejam usados no pagamento dos salários atrasados.

"Indicar contas não é papel do Tesouro Municipal. Podemos mostrar todas elas, dar todos os números e informações sobre cada uma", disse o subsecretário do Tesouro Municipal, Jorge Farah.

Movimento continua

"A paralisação dos funcionários das clínicas da família só vai acabar quando colocarem nosso dinheiro na conta. Somos trabalhadores dignos. Não estamos pedindo aumento, ninguém está pedindo gratificação – só queremos nossos salários", afirmou a diretora do Sindicato dos Enfermeiros, Líbia Bellusci.

Vereador e membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Paulo Pinheiro (PSOL) destacou não ser possível precisar quanto a prefeitura tem em caixa.

"Essa é uma grande preocupação. A prefeitura, que alegava não ter dinheiro, resolveu hoje (quinta-feira) fazer o pagamento de metade do 13º dos estatutários Parabéns à prefeitura, mas ela ainda precisa fazer o pagamento dos outros, e não sabemos se o município tem em caixa o dinheiro necessário parta isso. Essa é uma grande preocupação".

'Não há crise'

Por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou que a Saúde da cidade não passa por nenhuma crise.

"Não há crise – é falsa. Houve, sim, atraso de um mês, em alguns casos dois meses, nas OSs – mas só nelas. Ontem já pagamos cinco mil agentes de saúde e técnicos de enfermagem. Todos estão com os salários em dia. A Prefeitura do Rio continua lutando arduamente para manter seu padrão de excelência, sem a menor preocupação com a exploração política, que além de não ajudar em nada, torna a vida a pública apenas medíocre, insensata e insensível."

Protestos

Na porta do Hospital Evandro Freire, Ilha do Governador, funcionários da unidade fizeram um protesto por conta do atraso de salários.

"Não temos salários – estamos vivendo apenas de promessas. Não temos como continuar trabalhando dessa maneira. Não conseguimos passar nossos aluguéis, nossas contas. Saímos de nossas casas para cuidar das pessoas, mas também precisamos de cuidados", afirmou a técnica de enfermagem Danielle Franco de Velasco.

Enquanto isso, um paciente está internado no Hospital Pedro II, na Zona Oeste, há 12 dias. Ele teve uma fratura no fêmur e aguarda por uma vaga para fazer cirurgia.

"O centro cirúrgico não funciona por falta de insumos. Ninguém me dá uma previsão de quando minha operação será feita".

A direção do hospital informou que não faltam insumos à unidade. Afirmou, ainda, que o paciente vem recebendo cuidados, mas não deu uma data para que a cirurgia seja feita.

A reportagem do Bom Dia Rio mostrou que a rampa de acesso ao hospital, quase sempre cheia de ambulâncias, profissionais de saúde e pacientes, estava vazia na manhã desta sexta-feira.

No Centro Municipal de Saúde Mourão Filho, em Barra da Guaratiba, também na Zona Oeste, há atendimento apenas para pacientes que chegam em situação grave ou de emergência. As pessoas que tinham consulta marcada tiveram que voltar para casa sem atendimento.

"A situação é péssima. Tentamos atendimento, mas não conseguimos nada. Este é o único posto de saúde da área e está sem recursos nenhum – não há funcionários, nem material", lamentou o motorista Cristiano Pestana.

No Méier, Zona Norte, funcionários do Hospital Salgado Filho informaram que a unidade está funcionando a apenas 50% de sua capacidade total.

Imagens feitas no interior do hospital mostram a superlotação de pacientes espalhados pelos corredores.

G1



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