Dayana Vítor
Os estudantes brasileiros de 15 anos melhoraram em leitura, matemática e ciências no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes de 2018 (Pisa). Mas, apesar desses avanços, o Brasil ocupa os últimos lugares da avaliação entre 79 países e regiões.
Apenas dois a cada cem alunos atingiram nota máxima em pelo menos uma das disciplinas analisadas. Esses são os principais resultados dos testes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgados nesta terça-feira (3).
As provas do Pisa foram realizadas em 2018, e a melhor média dos quase 11 mil estudantes brasileiros foi em leitura, depois em ciências e, por último, em matemática.
Mas, apesar disso, 50% dos participantes não têm conhecimento adequado de leitura. Outros 50% não sabem o conteúdo de ciências que deveriam. E quase 60% não possuem noções básicas de matemática.
Em entrevista coletiva, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que os dados referem-se a políticas de governos anteriores e que mudanças vão começar ano que vem.
Segundo ele, as principais políticas para a melhoria do desempenho dos estudantes vão partir do treinamento de professores para adotar a nova Política Nacional de Alfabetização, do aumento de vagas em creches, o ensino integral e as escolas cívico-militares.
Para o consultor legislativo da Câmara dos Deputados e ex-secretário de Educação do Ceará, Maurício Holanda, é necessário que os estudantes passem mais horas em sala de aula. E também, mais comprometimento das escolas e professores.
As provas do Pisa são aplicadas a cada três anos. A última avaliação contou com a participação de seiscentos mil estudantes de 79 países e regiões.
No Brasil, foram quase 11 mil alunos, de 638 escolas. As médias das escolas particulares e federais foram melhores que das públicas. Os alunos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram notas maiores. Os países com as melhores notas no Pisa foram China e Singapura.
Agência Brasil