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05/12/2019 15:00:00

Coreia do Norte faz alerta e promete 'presente de Natal' para os EUA


Coreia do Norte faz alerta e promete 'presente de Natal' para os EUA

A Coreia do Norte fez nesta terça-feira uma ameaça velada aos Estados Unidos sobre seu prazo final para progressos nas negociações nucleares, dizendo que cabe a Washington decidir "qual presente de Natal" os Estados Unidos querem receber de Pyongyang no final do ano.

O governo de Kim Jong-un tenta aumentar pressão sobre os EUA para que Washington apresente medidas significativas de alívio de sanções à economia. Segundo Pyongyang, seu programa de desnuclearização não seguirá adiante sem redução das sanções. Além disso, o país também exige que exercícios militares conjuntos entre americanos e sul-coreanos sejam abandonados.

No entanto, negociadores americanos rejeitaram a promessa da Coreia do Norte de abandonar as conversas se concessões não forem oferecidas até 31 de dezembro, dizendo que o prazo é artificial e arbitrário.

Em um comunicado publicado nesta terça-feira e atribuído a Ri Thae Song, vice-ministro da Coreia do Norte para assuntos envolvendo os EUA, Pyongyang acusou o governo de Donald Trump de tentar ganhar tempo antes da eleição presidencial de 2020.

"O diálogo promovido pelos EUA é, em essência, nada mais que um truque tolo feito para manter a Coreia do Norte presa aos diálogos", disse Ri. "O que sobra para ser feito agora é a opção dos EUA e cabe inteiramente aos EUA qual presente de Natal que irão escolher receber", acrescentou.

A Coreia do Norte anteriormente se referiu a testes militares usando os mesmos termos. Após seu primeiro teste de um míssil balístico intercontinental, em julho de 2017, Kim chamou a arma de "um pacote de presentes" para os americanos celebrarem o feriado de 4 de Julho.

Desde uma reaproximação entre Kim e Trump, a Coreia do Norte seguiu uma moratória auto-imposta a testes nucleares e de mísseis de longo alcance, incluindo a prática de disparar projéteis diretamente sobre território japonês.

Nos últimos meses, no entanto, a Coreia do Norte disparou uma série de mísseis balísticos de curto alcance usando uma nova tecnologia de lançamentos múltiplos de foguetes. Embora não apresentem uma ameaça direta aos EUA, os testes podem fortalecer a capacidade de Pyongyang de atingir o Japão e a vizinha Coreia do Sul, segundo especialistas. Na semana passada, a Coreia do Norte disparou dois foguetes ao mar em sua costa leste .

As últimas conversas entre os EUA e a Coreia do Norte aconteceram em outubro na Suécia, mas chegaram a um impasse após um único dia, após autoridades norte-coreanas descreverem uma "postura e atitude antiquada" de americanos.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, Trump disse ainda ter confiança em Kim, mas destacou que o ditador "gosta de disparar foguetes, não é?". O presidente americano disse estar pressionando por negociações com a Coreia do Sul e o Japão para que os países dividam mais os custos de tropas americanas na região.

No sinal mais recente do impacto de sanções internacionais sobre o país, Pyongyang anunciou a adiada inauguração de uma nova cidade nas montanhas próximas ao monte Paektu, descritas como a terra ancestral da dinastia Kim. A cidade, chamada de Samjiyon, tem sido um dos projetos de infraestrutura mais divulgados pelo governo e inclui habitações para 4 mil famílias, assim como prédios públicos e industriais que se espalham por "centenas de hectares".

A mídia estatal divulgou imagens de Kim sorrindo ao cortar a faixa em uma cerimônia de inauguração, que teve presença de milhares de pessoas na cidade coberta pela neve.

A construção da cidade foi severamente adiada, em parte por conta da escassez de materiais, resultado das sanções sobre o país. Ao relatar a cerimônia, a agência de notícias estatal KCNA admitiu que o projeto foi finalizado apesar de "provações e dificuldades" e dos "piores desafios".

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