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Educação
02/12/2019 10:00:00

Universidades particulares poderão revalidar diploma de medicina


Universidades particulares poderão revalidar diploma de medicina
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou mudanças no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) em entrevista coletiva nesta quinta-feira (28). A principal novidade é que instituições de ensino superior da rede particular poderão emitir diplomas de médicos brasileiros formados no exterior, desde que tenham nota 4 ou 5 e ofereçam o curso de medicina.
 
Entre as novidades, está a implementação de taxa de inscrição para os candidatos, com valor total de R$ 3.660. A primeira fase deve custar R$ 330 e, a segunda, 3.330. Até 2017, última edição do Revalida, as provas eram custeadas pelo governo. Naquele ano, o gasto estimado foi de aproximadamente R$ 4 milhões.
 
Agora, para ter direito a fazer a fase prática do exame, o candidato deve ser aprovado na prova teórica. Quem for aprovado no primeiro teste, mas reprovado no segundo, permanece habilitado a participar do Revalida sem a necessidade de fazer a prova teórica nas duas edições seguintes.
 

Outras alterações

A possibilidade de fazer a prova virtualmente completa o quadro de mudanças, graças a uma parceria entre o MEC e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do Ceará (UFC) e National Board Medical Examiners (NBME) - conselho nacional de examinadores médicos dos Estados Unidos.
 
Algo que deve beneficiar os interessados é a nova frequência de aplicação do exame. A partir de agora, o revalida será obrigatoriamente realizado duas vezes por ano, com edital publicado 60 dias antes da primeira fase. 

Serviçoes melhores

“O objetivo é melhorar a qualidade de vida de todos. Haverá mais médicos para todos nós brasileiros, com mais capacitação e mais hábeis para cuidar de nós no futuro”, afirmou Weintraub.
 
Quando questionado sobre a possibilidade de fraudes no processo de revalidação, o ministro foi severo. “Nós aqui no MEC vamos atrás de absolutamente qualquer desvio de conduta. Se alguma (instituição de ensino) fizer algo de errado, a gente vai pegar e punir. Mas o MEC não é ministério público nem polícia.” 
 
O secretário de educação superior, Arnaldo Lima, se mostrou otimista em relação ao novo formato. “Isso nos ajuda a aumentar o número de médicos por habitantes. Temos um número bem abaixo de países desenvolvidos como EUA e Canadá.”
 
Para ele, a segurança do exame está garantida. “Aqui não tem Revalida light, tudo é feito com muita seriedade e segurança. O processo de revalidação não será, de forma alguma, ampliado sem controle”, reforça.
 
Por fim, Lima declarou que o novo formato não deve restringir o trabalho das instituições públicas. “As universidades públicas, respeitada sua autonomia, poderão continuar fazendo o processo.”
 
Correio Braziliense


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