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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) anunciou nesta terça-feira (26) a criação de 1,8 mil bolsas de pós-graduação em "áreas estratégicas" como energia, saúde e meio ambiente.
"O foco é a melhoria dos programas de pós graduação considerados estratégicos em função das políticas estaduais", afirmou o presidente da Capes, Anderson Correia. "Essa articulação vai ser feita em parceria com as fundações de amparo dos estados, universidades e institutos de pesquisa."
Programas que estudam energia, mobilidade, saúde, meio ambiente e gestão foram citados como "áreas exemplo": elas terão preferência na oferta de bolsas, mas Correia garantiu que esta lista não é fixa e que particularidades de cada estado serão consideradas durante a distribuição das vagas.
"Em Minas Gerais e no Centro-Oeste, pesquisas que envolvem agronegócio serão valorizadas; no Amazonas, o meio ambiente e ecologia", destacou.
O presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Evaldo Ferreira Vilela, explicou que neste momento cursos mais novos, criados há menos de 10 anos, e com avaliação entre 3 ou 4 terão preferência na hora de receber o investimento.
"Vamos trabalhar muito mais os cursos emergenciais, [de qualificação] 3 e 4 que não foram contemplados até recentemente, e vamos trabalhar para que eles mudem de patamar", defendeu Vilela. "Não é simplesmente um apoio continuado, temos que mudar de patamar, temos que fazer melhor o que já fazemos."
Ainda que liste áreas de prioridade, a Capes esclareceu que haverá autonomia dos estados para apresentar quais são suas necessidades que serão avaliadas em conjunto com as fundações de amparo a pesquisa e à própria coordenação.
O presidente da Capes disse que esta liberação é consequência do descontingenciamento dos recursos feito na semana passada pelo Ministério da Educação. Além disso, disse que as propostas acompanham a expectativa da elevação do orçamento para a pasta no ano que vem.
Na sexta-feira (22) o MEC liberou os R$ 3,98 bilhões da Capes que estavam contingenciados. À ocasião, Correia disse em nota que os compromissos assumidos pela coordenação ao longo do ano serão cumpridos e defendeu ainda que haverá investimentos com o excedente destes recursos em projetos e atividades específicas para a pós-graduação.
Em outubro, a pasta havia liberado 679 bolsas de pós-graduação, mas o governo sinalizou que as bolsas bloqueadas no primeiro semestre não seriam mais liberadas por "falta de mérito", mas que outras novas poderiam ser criadas. Ao todo, Capes deixou de oferecer o equivalente a 8.013 bolsas de pós-graduação.
G1
