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Especial
28/11/2019 13:00:00

Doação de órgãos: famílias devem conversar sobre o assunto


Doação de órgãos: famílias devem conversar sobre o assunto

A decisão da família do apresentador Gugu Liberato de doar os órgãos dele despertou o interesse de muitos brasileiros em fazer o mesmo e diminuir a fila de transplantes. Mas, para isso, a legislação do nosso país torna fundamental que as famílias conversem sobre o assunto.

Na Central Nacional de Transplantes, o plantão é permanente e, nesta terça-feira (26), recebeu a informação de que um bebê, de 1 ano e sete meses, teve morte encefálica e que a família queria doar os órgãos.

“Cada órgão tem um tempo limitado para ficar sem a circulação sanguínea que fornece o oxigênio aos tecidos. Então, a gente tem que correr contra o tempo para que a gente consiga fazer com que a retirada dos órgãos ocorra e chegue até o receptor”, explicou Patrícia Freire, coordenadora da Central Nacional de Transplantes.

 

Na lei de 1997, que estabeleceu no Brasil a doação de órgãos, valia o conceito de doação presumida. Todo mundo era considerado doador em potencial, a menos que tivesse escrito no documento de identidade ou na carteira de motorista a observação “Não doador de órgãos e tecidos”.

Em 2001, essa lei foi modificada e passou a vigorar o conceito de doação consentida.

Hoje, a doação de órgãos só pode ser feita com autorização da família. Por isso, o primeiro passo é deixar claro esse desejo para os parentes, que darão a palavra final.

Está apta a doar qualquer pessoa a partir de sete dias de vida e que tenha passado pela triagem de doenças transmissíveis pelo sangue, como a hepatite, por exemplo.

Se for comprovada morte encefálica, todos os órgãos e tecidos do corpo podem ser doados. Nos casos de morte por parada cardiorrespiratória, só é possível doar tecidos para transplante de córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

Alguns fatores podem impedir a doação, como morte por doença infecciosa, por exemplo. Também não pode haver a doação sem a identificação do corpo.

O doador pode até fazer uma certidão, que pode ou não ser reconhecida pela Justiça.

O Ministério da Saúde contou cerca de seis mil transplantes em 2019. A doutora Lívia Portela, do Hospital Universitário de Brasília, diz que a oferta poderia ser maior.

“É muito importante que a população leiga seja esclarecida a respeito da morte encefálica, e da importância de se doar órgãos."

Dona Rita sofreu 15 anos com problema nos rins, mas graças a um doador está viva.

G1

 


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