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Atualidade
27/11/2019 06:00:00

Sinteal diz que não foi procurado por Braskem para discutir relocação


Sinteal diz que não foi procurado por Braskem para discutir relocação

"De malas prontas” desde julho o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) ainda não tem definição sobre como ou quando a mudança de sede deve ocorrer. Segundo a presidente da entidade, Consuelo Correia, não houve contato oficial da Braskem sobre a necessidade de realocação. A empresa afirma que há contato com os envolvidos e que deve manter o diálogo.

O prédio do Sinteal está classificado numa zona de monitoramento, segundo o Serviço Geológico do Brasil e Defesa Civil de Maceió. Além disso, após divulgação do plano de fechamento de minas da Braskem, o local aparece na área zoneada pela empresa. Consuelo afirma que a diretoria da entidade teve conhecimento da necessidade de realocação por meio da imprensa e que não foi procurada oficialmente para discutir o assunto.

“Não tivemos nenhuma informação, como todo o pessoal da encosta. Ficamos sabendo pela imprensa que precisaríamos sair”, afirma Consuelo.

Em nota, a Braskem diz que representantes do Sinteal estiveram presentes em reunião realizada na semana passada e que, agora, uma nova fase de diálogo “individualizado” deve começar.

Consuelo Correia (Foto: Edilson Omena/arquivo)

“Ao mesmo tempo em que vem realizando diálogos com as autoridades de Maceió e comunidades, a Braskem está em contato também com os representantes dos equipamentos públicos e privados localizados na área de resguardo em torno dos poços de extração de sal que serão fechados. A comunicação permanente faz parte de todas as etapas do planejamento de realocação de pessoas e desocupação de imóveis, que está sendo construído em conjunto com a Defesa Civil e demais autoridades. Na última quinta-feira, 21, a Braskem realizou uma dessas reuniões, na qual estavam presentes representantes do Sinteal. O próximo passo é o contato individualizado, para entender a dinâmica de funcionamento de cada um desses equipamentos e o seu devido encaminhamento”, comenta a empresa por meio de assessoria.

A preocupação da diretora é o risco existente para a área onde o sindicato está sediado. “Segundo os técnicos, o Sinteal está na área de resguardo, não podemos ficar aqui. Temos que sair, procurar outro espaço. Segundo os técnicos há a possibilidade de abrir uma cratera. Não podemos esperar, isso pode demorar e de repente pode ser rápido, não sabemos.”

Consuelo Correia diz que a entidade só deve mudar de sede após o detalhamento da situação como indenização e/ou aluguel formalizados. Para ela, o sindicato não pode sair do prédio antes que haja garantia.

“Vamos marcar um momento para saber o que será garantido para nós com a saída. Porque a gente não pode sair sem garantias, a gente não pode sair sem nada oficial. Fica complicado. Como a gente vai garantir a nossa indenização, nosso aluguel? É difícil. Precisamos de notificação, orientação jurídica para tomar as nossas providências”, afirma Correia

Para tanto, o departamento jurídico do sindicato tenta, segundo Consuelo, iniciar as tratativas com a Braskem para definir a situação. “Estamos nos movimentando para garantir isso, garantir o direito que nós temos. Nós vamos provocar, vamos cair em campo, não podemos esperar, nosso vizinho aqui [CSA] já está mobilizado para sair, já teve conversa com a Braskem e nós, Sinteal, precisamos de uma definição”, diz.

Fonte: Tribuna Independente / Evellyn Pimentel

 
 


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