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Maceió
20/11/2019 18:00:00

Braskem e Defensoria discutirão realocação de moradores.


Braskem e Defensoria discutirão realocação de moradores.

Após a Braskem anunciar o fim das atividades de extração de sal-gema em Maceió, uma reunião entre o defensor público geral Ricardo Melro e integrantes da empresa deve discutir – na manhã desta terça-feira (19) - a situação de moradores do Mutange e Bebedouro, que aguardam realocação com o fechamento de 15 poços instalados na região onde ficam cerca de 400 imóveis desses bairros. “A própria Braskem solicitou a reunião porque eles têm relatório novo, um fato relevante. Enfim, vamos descobrir o que está acontecendo.

A ação que nós é sobre os moradores e acredito que seja em relação a isso. Vamos ver o que eles estão querendo e daremos uma posição”, informou o defensor público geral, Ricardo Melro. Em nota, a Braskem informa que continua atendendo os clientes usando matéria-prima importada, enquanto estuda outras oportunidades para a continuidade das operações. “Essa é uma solução temporária, até que uma alternativa de extração seja encontrada.

A Companhia continua também colaborando com as autoridades e realizando estudos para compreender as causas dos fenômenos geológicos. Uma vez concluídos os estudos e identificadas as causas, a Braskem vai assumir a responsabilidade que lhe couber”, explica nota. “Ainda tem muita gente para ser transferido, mas pela nota que divulgaram é em relação a Mutange e Bebedouro. Está muito claro que eles estão reconhecendo a relação de causa e efeito, pois já estão paralisando os poços que estão gerando problema, inclusive realocar essa população arcando com o aluguel social”, conclui Ricardo Melro. A Braskem anunciou que apresentou à Agência Nacional de Mineração (ANM) medidas para encerramento definitivo das atividades de extração de sal em Maceió, com o fechamento dos seus poços.

Nesse sentido, a Companhia propôs à ANM a criação de uma área de resguardo no entorno de determinados poços, o que envolverá realocação de pessoas, desocupação de imóveis e a adoção de medidas adicionais de monitoramento. Na avaliação do economista Rômulo Sales, o encerramento das atividades de extração da sal-gema pode representar demissões se não houver redirecionamento de trabalhadores para outras atividades. “A fábrica deve continuar em atividade com produto importado, soda cáustica e EDC visando honrar contratos futuros já firmados. Sem falar nos impactos que a parada deve acusar para as regiões que aparentemente foram afetadas pela extração durante todo esse tempo. As áreas deverão ser preservadas e terão seus impactos de alguma forma amenizados”

Gazeta de Alagoas



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