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01/06/2009 00:00:00

Polícia


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O desembargador Mário Casado Ramalho concedeu o habeas corpus ao vereador e ex-prefeito de Ibateguara, José Valter de Azevedo, 65 anos, preso no dia 4 de maio de 2009, sob a acusação de tentativa de homicídio contra o vereador Walter Fernando Silva Leite em setembro do ano passado. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 01.

No pedido de soltura, a defesa alegou que os argumentos que fundamentaram a prisão do vereador são frágeis, “vez que inexistem elementos suficientes que apontem o paciente como autor ou partícipe do crime”. Alega também que o acusado é primário com bons antecedentes e sempre compareceu a convocação da justiça.

Na análise dos autos, o desembargador Mário Casado Ramalho, entendeu que os elementos probatórios da prisão são frágeis e que os fatos, considerados novos, “apoiaram-se tão somente em depoimento prestado por ex-namorada de um filho do acusado [..] Ademais, as autoridades coatoras em nada puderam acrescentar quanto a participação de José Valter de Azevedo no suposto envolvimento no crime de tentativa de homicídio [...]”. O desembargador conclui, então, que não há motivo para prolongar a prisão e concede o alvará de soltura, com a observação de que “a soltura do paciente não deverá ser procedida se por outro motivo estiver legalmente preso”.

O crime

O delegado regional de União dos Palmares, Cícero Lima, indiciou o ex-prefeito de Ibateguara, José Valter de Azevedo, por tentativa de homicídio contra o vereador Walter Fernando Silva Leite, crime ocorrido em 18 de setembro do ano passado. No relatório final do inquérito, o delegado pede a decretação da prisão preventiva do acusado, atualmente exercendo o mandato de vereador no município.

O vereador Walter Fernando foi perseguido por um Fiat Stilo, cor bege, na noite do dia 18 de setembro, quando estava em companhia de Marcus Antônio Ferreira da Silva e Radamés José da Silva, em um Gol prata, palca NLW 0049/AL, no acesso à cidade de Ibateguara, próximo à localidade Campo Novo. Dentro do Fiat havia alguns homens, um deles encapuzado e armado com uma espingarda, calibre 12, usada para fazer vários disparos.

Na perseguição, o Gol caiu em um barranco, o mesmo acontecendo com o carro onde estavam os pistoleiros. Apesar do carro das vítimas ter sido atingido pelos tiros, os três ocupantes conseguiram escapar.

O delegado conseguiu apurar que o Fiat Stilo pertencia ao pastor evangélico Daniel Pedro da Silva e fora roubado no dia 5 de setembro, treze dias antes do atentado. O roubo, segundo ele, foi articulado pelo funcionário da Prefeitura de São José da Lage, José Milton Soares Lopes, também indiciado no inquérito.




com primeiraedicao // Marcela Morais com assessoria


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