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Cerca de 100 pessoas, entre estudantes e funcionários da Escola Estadual Nossa Senhora do Bom Conselho, participaram ontem de um protesto contra a possibilidade de extinção definitiva do colégio, que tem mais de 140 anos de fundação. Na semana passada, os alunos foram informados de que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) pretende transferir o nome "Bom Conselho" para uma unidade que está sendo construída no condomínio Jarbas Oiticica, em Rio Largo. Outra sugestão, para quem não aceita se deslocar para o município da Região Metropolitana, seria a matrícula em colégios do Cepa. No entanto, tanto estudantes quanto seus pais não aceitam a medida, por causa da história do colégio. Militares do Centro de Gerenciamento de Crises da PM e do Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc) foram chamados para acompanhar a manifestação e intermediaram uma reunião com a gestão.
O prédio onde funcionava a Bom Conselho foi desativado por orientação da Defesa Civil por apresentar fissuras graves nas paredes e no teto, colocando em risco a vida dos que estudavam ou trabalhavam no colégio centenário. A Seduc improvisou uma ala na Escola Estadual Afrânio Lages, no Cepa, para abrir também a estrutura do colégio de Bebedouro. Havia a promessa de que um novo espaço seria planejado para que a unidade voltasse a funcionar. Neste período, os próprios alunos e funcionários pesquisaram possíveis prédios para que a Secretaria de Educação pudesse comprar ou alugar. A lista destes locais chegou a ser apresentada, mas o órgão, segundo a comunidade escolar, ignorou. "É desconsiderar a história centenária da nossa escola", criticou Aracely Lima, que tem 19 anos de Bom Conselho, como aluna e agora atuando como professora. "Vamos insistir. A nossa história não pode acabar assim", gritavam os alunos, durante o protesto, exigindo uma audiência com o secretário estadual de Educação e vice-governador, Luciano Barbosa. O estudante do Ensino Médio Dário Alves, de 19 anos, informou que há um descaso do Estado com história do Bom Conselho.
"Não podemos aceitar o fim de tudo o que o Bom Conselho representa para a cidade. São 142 anos de muitas experiências e não se pode jogar fora isso". Após negociação com a PM, um grupo de estudantes foi chamado para conversar com a secretária adjunta de Educação, Laura Souza.
Gazeta de Alagoas
