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Maceió
09/11/2019 21:00:00

Revitalização do Centro de Maceió com órgãos públicos gera economia para o Estado


Revitalização do Centro de Maceió com órgãos públicos gera economia para o Estado
Economia, proximidade e uso eficiente do equipamento público. É com base nesses três pilares que o Governo de Alagoas vem se mobilizando para revitalizar, com o próprio serviço público, a região central de Maceió. A ideia, que tem se concretizado por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), é reconfigurar o local de forma estratégica, fazendo dele uma espécie de centro administrativo, e potencializar a economia que o circunda.
 
O prédio que abrigava o antigo banco do Estado, conhecido como Produban, é um dos que fazem parte desse projeto e que será responsável por trazer um corte de gastos significativo para a máquina pública alagoana. O imóvel, que estava abandonado, passará a abrigar de 8 a 10 órgãos diferentes, que deixarão de pagar aluguel e estarão centralizados, facilitando o acesso para a população.
 
“De acordo com as análises que temos feito, vai ser possível aproveitar toda a estrutura do prédio. Iniciamos, em setembro, uma reforma padronizada que fará com que o imóvel tenha espaços totalmente integrados, um modelo que já testamos e que deve trazer mais eficiência e economia para os órgãos que lá serão alocados”, pontua o secretário do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques Santos.
 
Segundo ele, juntando os custos de aluguel dos órgãos, dos serviços gerais e dos gastos com energia elétrica, o Estado vai passar a economizar cerca de R$ 1.548.742,85 anualmente. Ou seja, o investimento da reforma, que está estimado em R$ 2.800.000,00, deve ser recuperado já nos primeiros dois anos de uso do imóvel somente com a economia gerada pela unificação.
 
“O grande objetivo de toda essa mobilização, de uma forma geral, é racionalizar e dar uso eficiente a esse equipamento público. Revitalizar o Centro com o próprio governo, fazer uma gestão cada vez mais próxima do cidadão, economizar o que temos atualmente nos cofres públicos e levar, também, esse impacto para a economia alagoana”, afirma ele.
 
Reinaugurados no Centro em abril deste ano, os prédios da Central Já! de Atendimento ao Cidadão e do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/AL) também somam a essa proposta. Além de levar mais circulação de pessoas para o local, ambos vêm facilitando ainda mais a prestação de serviços para a população alagoana.
 
“Trazer esses aparatos para o Centro de Maceió era algo muito significativo para nós, enquanto poder público. São unidades que deixaram de pagar aluguel e foram para imóveis próprios do Estado. Unidades importantes para os alagoanos, muito demandados e que, justamente por isso, precisavam estar cada vez mais próximos da população”, esclarece o secretário.
 
Para se ter uma ideia, somente nos últimos sete meses de funcionamento, o Já! do Centro registrou mais de 43 mil atendimentos. “O posto era um dos mais solicitados, tanto pelos usuários quanto pelos comerciantes locais e, sem dúvidas, já vem impactando também nas vendas dos estabelecimentos circunvizinhos”, explica. 
 
Segundo o economista Alisson Nascimento, além de afetar positivamente as compras do comércio, esse deslocamento estratégico reflete também no bolso dos usuários dos serviços públicos, que podem resolver diversas demandas em um só local.
 
“Principalmente os casos do Já! e do Procon, que oferecem serviços, trazem um excedente de pessoas para o Centro que consumem produtos locais. Evidentemente, isso causa impacto no comércio local, já que quanto mais serviços prestados, mais pessoas presentes e mais impacto pra economia. Outro ponto positivo é a economia de tempo e dinheiro também para o cidadão, que agora não precisa gastar com grandes deslocamentos na cidade para ter acesso a esses serviços. É vantajoso para o governo, para a economia local e para o cidadão, que é quem mais precisa”, pontua o economista.
 
Para o governador Renan Filho, a reutilização e valorização do patrimônio público num dos locais que mais contribuem para a economia alagoana é um dos pontos altos desse processo de revitalização do Centro.
 
“Nós do Governo do Estado temos de movimentar a atividade econômica do Centro e valorizar o nosso patrimônio, que é o patrimônio do povo de Alagoas. Essa é a nossa filosofia e por isso vamos levá-la adiante para que a gente consiga, cada vez mais, melhorar a eficiência do nosso trabalho”, afirmou o governador.
 
 
Mais próximo dos servidores
 
Outra medida adotada pelo governo nesse contexto é trazer para mais perto dos servidores públicos os aparatos estaduais que têm razão de ser no próprio funcionalismo. O projeto começou em maio do ano passado, quando o prédio da Escola de Governo, responsável pela capacitação da categoria, foi totalmente reestruturado, modernizado com novos equipamentos, salas, laboratórios e biblioteca.
 
Depois, já em 2019, a Superintendência de Perícia Médica e Saúde Ocupacional (SPMSO), que faz o acompanhamento da saúde funcional dos servidores alagoanos, saiu de um prédio alugado na Jatiúca e passou a atender num imóvel do Estado, também no Centro da cidade.
 
“O intuito é que esses equipamentos estejam ainda mais próximos dos servidores públicos, próximos de seus locais de trabalho, para que o Estado possa dar a assistência necessária ao funcionalismo e que esses serviços possam ser disponibilizados com mais assertividade”, esclarece o secretário Fabrício Marques.
 
Além das obras já finalizadas, a expectativa é de que, no primeiro semestre de 2020, mais um prédio estadual localizado no Centro passe a dar espaço para o Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec), que antes se dividia em três imóveis.
 
“As obras do Itec começaram há cerca de quatro meses. O Estado pagava aluguel de dois dos três prédios nos quais o instituto se dividia, então a economia para os cofres públicos vai ser considerável. Além disso, teremos impacto grande também na qualidade do serviço que, com a unificação, deve ser otimizado e atender de forma ainda melhor às demandas das demais secretarias estaduais”, explica o superintendente da Gestão Patrimonial da Seplag, Daniel Guimarães.
 
Modelo deve ser adotado em mais secretarias
 
As mudanças, que têm dado o subsídio necessário para que essa revitalização aconteça de forma efetiva, começaram na própria Secretaria do Planejamento, em outubro do ano passado. A pasta, que até então se dividia em dois prédios, uniu todos os colaboradores em um só. A sede, localizada na Rua Cincinato Pinto, derrubou suas paredes para comportar todo mundo e teve sua estrutura transformada em um ambiente diferente: o Open Space.
 
“Esse novo espaço, que é tendência em empresas e instituições renomadas aqui no Brasil e lá fora, era algo que, por conta de suas vantagens, estávamos querendo muito trazer para a realidade da Administração Pública alagoana, começando pela Seplag. Agora, nós temos um prédio completamente integrado, com todos os setores compartilhando o mesmo ambiente de trabalho. Foi uma virada de chave para a secretaria em vários quesitos”, pontua o superintendente Daniel Guimarães.
 
Segundo ele, além de otimizar o clima organizacional da Seplag, o Open Space vem trazendo diversos outros benefícios, como qualidade do gasto, transparência, agilidade nos trâmites dos processos e nas respostas à população.
 
“Só o fato de os processos passarem por prédios diferentes já impactava no andamento dos nossos trabalhos. Estamos muito mais ágeis do que antes. Outro ponto é que, onde tínhamos um ar condicionado para cada setor, agora, temos uma máquina para, em média, 20 servidores. Além de termos diminuído a quantidade de equipamentos, reduzimos o consumo e tivemos uma economia de 35% com as despesas de custeio, o que também é muito importante para a máquina pública”, explica ele.
 
O modelo tem dado tão certo que a expectativa é que seja aderido por boa parte dos prédios do Executivo alagoano. De acordo com a Seplag, a ideia é que todos os órgãos que fazem parte do processo de revitalização do centro da cidade também adotem o projeto. 
 
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