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Os assentamentos de Alagoas estão recebendo visitas e fiscalização permanentes do setor de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas. Até o final de maio já foram realizadas visitas técnicas em 25 assentamentos. Novas visitas estão programadas para a o início de junho.

As visitas priorizam a fiscalização em Áreas de Reserva Legal (RL) e de Preservação Permanente (APP) dos assentamentos sob tutela do órgão. Os técnicos do Incra levam em consideração aspectos como relevo e tipo de solo, além do emprego de práticas que possam afetar o equilíbrio do ecossistema e levar à degradação ambiental, como erosão, assoreamento, poluição de águas superficiais e desmatamento.

Durante a fiscalização os técnicos não verificaram sinais de degradação recente, e observaram – em conversas com assentados – que tem crescido o nível de consciência da importância da preservação, tanto do ponto de vista ecológico como legal.

No assentamento Lagoa da Cachoeira, em Piranhas, por exemplo, foram encontradas diversas espécies importantes da Caatinga e que se encontram ameaçadas de extinção como Aroeiras, Baraúnas, além de outras espécies tipicas do bioma, como Pereiros, Imburanas e Craibeiras.

Já em Olho D’água do Casado, no assentamento Nova Esperança II, onde existem catorze sítios rupestres cadastrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), existem ações visando à conservação dos recursos naturais, proteção e ações no campo da comunicação. O objetivo é dar maior visibilidade ao patrimônio junto à comunidade (sinalização de sitios, elaboração e distribuição de material de apoio, palestras e outras atividades de cunho educativo).

De acordo com o perito agrário Eduardo Medeiros, do setor de Meio Ambiente do Incra/AL, todas as áreas que foram visitadas até agora apresentam bom estado de conservação. “Qualquer irregularidade encontrada é encaminhada, por meio de relatório, aos órgãos ambientais competentes”, disse Medeiros.