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Meio Ambiente
25/10/2019 18:00:00

Brasil não tem como conter vazamento de óleo nem estimar impacto da contaminação


Brasil não tem como conter vazamento de óleo nem estimar impacto da contaminação

A tendência é que o óleo que invade as praias do Nordeste brasileiro há mais de 50 dias continue a causar danos ao meio ambiente. Por mais que voluntários, integrantes do Exército, pesquisadores e organizações não-governamentais empenhem esforços, não há previsão para o fim do trabalho de remoção do material poluente da costa brasileira. Em alguns locais, como praias do Maranhão, “você limpa e ele [óleo] volta”, relata o coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo.

A análise da entidade, que acompanha a crise e tem cobrado uma resposta enérgica do governo brasileiro, é de que este é o maior desastre ambiental do País por extensão. Dos mais de 8,5 mil quilômetros de costa, mais de 2 mil foram atingidos. São mais de 200 praias nos nove estados da região Nordeste e inúmeros entraves para conter e controlar o óleo. 

De acordo com Baitelo, um dos problemas é a dificuldade em localizar a origem do vazamento. “O óleo é pulverizado. Está dividido em vários pontos e não é possível vê-lo da superfície. Só dá para ver quando as menores manchas começam a chegar às praias. Elas estão chegando e continuam chegando. No Maranhão, você limpa e ele [óleo] volta. É um enorme desafio.” Segundo ele, há informações de monitoramento, mas elas não são conclusiva. Também há relatos de pescadores de que as manchas continuam se aproximando. 

Apenas em Pernambuco, nos últimos sete dias foram retirados do mar 958 toneladas de óleo, segundo o governo local. Sem ter ideia da dimensão do vazamento, o governo federal só decidiu integrar as Forças Armadas aos trabalhos nesta semana, quase dois meses após os primeiros focos do vazamento terem sido registrados em praias de Pernambuco e da Paraíba. 

“Quando as manchas saíram de Salvador, recrudesceu; chegaram em Pernambuco nesses dias, aí sim [decidimos designar o Exécito]”, disse o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva na terça-feira (22). O Plano Nacional de Contingência, que prioriza áreas mais sensíveis, também só foi acionado este mês.

https://www.huffpostbrasil.com/

 



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