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Saúde
13/10/2019 15:00:00

“O cenário da doença em AL é ruim”, diz presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer


“O cenário da doença em AL é ruim”, diz presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer

O Outubro Rosa é uma campanha para conscientizar e alerta para a população [principalmente as mulheres] sobre a importância da prevenção do câncer de mama. Em Alagoas, a Rede Feminina de Combate ao Câncer tem um papel importante: o de acolhimento com os pacientes do SUS.

O Cada Minuto entrevistou a presidente da  Rede Feminina de Combate ao Câncer, Maria Helena Russo, que avaliou o cenário do câncer de mama em Alagoas, falou sobre o papel da Rede e comentou sobre as principais dificuldades que o paciente enfrenta antes mesmo de ser diagnosticado.

1) Qual o papel da Rede Feminina de Combate ao Câncer?

O papel da Rede é de acolhimento. Nós recebemos pacientes que estão fazendo tratamento oncológico na Santa Casa que são do SUS e que fazem quimioterapia, ou radioterapia. Durante o tratamento eles ficam hospedados conosco. Eles têm enfermeira que a Santa Casa disponibiliza 24h, tem o transporte que leva eles para fazer o tratamento, alimentação e os que não podem se locomover, eles trazem acompanhante. 

2) Como você avalia o cenário do câncer de mama em Alagoas? 

Muito ruim, como em todo Brasil. Principalmente quando vemos que está previsto novos casos. O acesso ao tratamento, ao diagnóstico e medicação são complicados. A mulher é diagnosticada com câncer. Até ela procurar um médico, ter uma consulta, isso demora muito tempo. Da consulta ao tratamento é tudo muito lento, demorado. Existe umas leis que não são cumpridas, como a de 30 ou 60 dias. A mamografia também é outra dificuldade a partir de 40 anos, o Governo Federal estipulou agora aos 50. Se ela está tendo câncer antes como vai fazer uma mamografia aos 50? A saúde é um direito constitucional. Não é um favor nenhum. A lei deveria ser cumprida. 

3) Qual a principal dificuldade encontrada pela Rede Feminina?

A dificuldade da Rede como em todas as instituições é a parte financeira. Como fazemos para nos manter? Com festas que revertemos o dinheiro para a rede. Nós vamos ao Sam’s uma vez por mês para pegar doações de alimentos para fazer os lanches das mulheres. Recebemos doações de toucas e perucas.

4) Vocês recebem apoio para acolher as mulheres?

Temos também a nota fiscal cidadã que a gente pede que as pessoas adotem uma instituição. E no sorteio sempre tem um dinheirinho que entra. Amigos que a gente conhece e vão ajudando. Além da nossa lojinha dentro da Santa Casa.

5) Você acha que a falta de informação e de bom atendimento faz com que essas mulheres desconheçam a doença?

A falta de informação por isso trabalhamos a prevenção e durante o mês de Outubro vamos trabalhar isso. A falta de conhecimento da prevenção. A dificuldade do médico que sabemos que o atendimento do SUS não é fácil e a pessoa vai adiando, fica cansada, e não foi bem orientada pelo médico. É um conjunto de coisas. E às vezes, ele não sabe a gravidade do que é um câncer.

Cada Minuto




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