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Mundo
10/10/2019 04:00:00

Manifestantes indígenas que invadiram Parlamento do Equador são expulsos pela polícia


Manifestantes indígenas que invadiram Parlamento do Equador são expulsos pela polícia

Centenas de manifestantes indígenas invadiram nesta terça-feira a sede da Assembleia Nacional do Equador em meio aos protestos que começaram na semana passada com o aumento dos combustíveis decretado pelo Governo de Lenín Moreno. Os manifestantes tiveram acesso ao parlamento equatoriano nas imediações da Controladoria, embora as forças de segurança os tenham expulsado pouco depois com gás lacrimogêneo.

“Queremos tirá-lo”, diz, em referência ao presidente, Bolívar Naula, que viajou com a família de Latacunga, a cerca de 100 quilômetros de Quito. “Não aguentamos mais, estamos com problemas”, diz Luis Lema, de 47 anos. Este camponês da região de Cotopaxi rejeita tanto as medidas de Moreno quanto as de seu antecessor, Rafael Correa. “São da mesma cúpula”, afirma. O taxista Luis Alfredo Galarraga, diretamente afetado pelo aumento do preço do combustível, no entanto, não se queixa. “Era necessário, mas eles não souberam explicar”, considera. Um galão de gasolina custa hoje 2,30 dólares (cerca de 9,42 reais).

Os protestos dos indígenas, que levaram o Governo a mudar sua sede de Quito para Guayaquil, derrubaram as cercas de segurança que rodeavam a Assembleia e tomaram o saguão do edifício. A atividade parlamentar havia sido suspensa na segunda-feira, depois das brigas que aconteceram nos arredores. Várias detonações também foram ouvidas na Avenida 6 de Diciembre, nos arredores, e perto do Parque del Arbolito, tradicional lugar de concentrações indígenas, onde estiveram veículos blindados da tropa de choque.

Os manifestantes, que gritavam slogans como “Fora Moreno!”, chegaram a Quito para participar nesta quarta-feira de uma greve na qual os organizadores esperam a participação de 20.000 pessoas. Na capital aconteceram os protestos mais violentos desde que as manifestações foram convocadas depois das medidas econômicas anunciadas pelo presidente. Dois manifestantes morreram no Equador desde a última quinta-feira e pelo menos 570 pessoas foram presas.

O SEGUNDO MORTO NOS PROTESTOS

EFE

Um jovem que havia sido ferido em um dos protestos que acontecem em Quito morreu nesta terça-feira em um hospital, elevando a dois os mortos desde que a onda de protestos começou no país, há seis dias. A vítima, Marco Oto, 26 anos, ficou supostamente retida juntamente com outros jovens entre uma porta de metal e agentes motorizados em uma passarela de pedestres, de acordo com um comunicado da Comissão Ecumênica de Direitos Humanos (Cedhu).

Tentando escapar dessa situação, ele e outra pessoa caíram da passarela de pedestres durante a perseguição policial. A Polícia Nacional confirmou em comunicado que duas pessoas (incluindo a vítima) caíram da passarela, foram levadas em uma ambulância e internadas no hospital Carlos Andrade Marín com várias lesões.

"O transporte foi feito com muita dificuldade devido à negativa dos manifestantes que estavam no setor, que impediam o avanço da ambulância", segundo a polícia. Até o momento, a polícia não confirmou a morte do jovem e descarta qualquer hipótese que relacione seus agentes à morte.

El País



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