O presidente da AMA, Luciano Barbosa e prefeitos de várias cidades alagoanas conheceram, em Brasília, as ações de saneamento básico que terão recursos do PAC dentro do Programa Brasil Quilombola. Os prefeitos participaram de uma oficina de trabalho com a presença da SEPPIR, FUNASA, Presidência da República, e representantes de governos estaduais.
Na oficina, o Subsecretário de Políticas para Comunidades Tradicionais, Alexandro Reis também anunciou ações de infra-estrutura escolar com recursos do Ministério da Educação e de habitação, do Ministério das Cidades.
A AMA continua sendo a interlocutora entre municípios e governo para tentar reduzir prazos de entrega de documentos e ajudar aos gestores a construir os planos que são individualizados. Cada região tem suas próprias características, tradições, realidade. Tudo precisa ser levado em conta. Da infra-estrutura necessária a programas de saúde e educação. O que os
municípios não podem é perder os recursos disse Luciano Barbosa que participou da oficina.
Pelo diagnóstico estadual, dos 54 grupos remanescentes, apenas 23 foram reconhecidos. Eles estão em maior número no Sertão e Agreste, mas também se agrupam na Zona da Mata e no entorno do São Francisco. Os dados estatísticos apontam que 99% não têm saneamento; 65% vivem em casas de taipa; 85% não têm água; em 45% faltam escolas; 98% não têm acesso a terra e 75% estão muito distantes de um posto de saúde. Além dessas, as maiores necessidades se concentram na geração de emprego e renda e em políticas públicas que preservem o recorte étnico racial. Todos vivem de pequenas roças e artesanato precário.