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19/05/2009 00:00:00

Municipios


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com alagoasemtemporeal //

Cerca de 300 pessoas, entre contabilistas e empresários da região do Agreste, realizaram na manhã desta terça-feira em Arapiraca, ato público de protesto contra o Governo do Estado. Após o ato, que teve como ponto de concentração o Clube dos Fumicultores, os manifestantes percorreram as principais ruas da cidade demonstrando a indignação em relação à política adotada pelo Governo de Alagoas contra os contabilistas e empresários.

No Clube dos Fumicultores os dois segmentos, por meio das entidades organizadoras, mostraram a insatisfação para com a Nota Fiscal Alagoana implantada pelo Governo sem ouvir os setores agentes diretamente envolvidos na questão.

Em seu pronunciamento, o presidente da Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Fampec), Cícero Berto destacou que o ato tinha o objetivo de chamar a atenção do governo no sentido de que possa ser sensível aos pleitos dos dois segmentos. “O governo não está sintonizado com as causas dos contabilistas e empresários alagoanos, em
especial o setor da MPE. Há tempo que demandamos ações em favor do setor, mas não temos conseguido avançar. É preciso pensar no setor, ao invés de trazer empresas de fora e tratar as daqui com arrocho fiscal”, afirmou, salientando que atualmente os contabilistas e empresários se sentem “sufocados” com as constantes multas aplicadas pela Secretaria Estadual da Fazenda.

Berto voltou a citar o caso da DAC, a Nota Fiscal Alagoana, programa Sintegra, substituição tributária e a cobrança antecipada do ICMS. Aliado a essas dificuldades impostas pelo Governo, Berto reclama também da falta de uma política de incentivo às microempresas alagoanas. “Ao
contrário do que está acontecendo hoje em relação às empresas locais, há um tratamento diferenciado dado pelo Governo do Estado para as empresas que vêm de fora, as quais são recebidas com banquetes e tapete vermelho”, desabafou.

Já o presidente da Associação dos Contabilistas de Alagoas e da Ampec-Arapiraca, Jordão Vieira, disse que o ato teve a finalidade de fazer com que o Governo do Estado ouça os reclamos dos dois segmentos. Ele ressaltou que contabilistas e empresários estão já há algum tempo junto nessa lida, trabalhando para arrecadar os tributos. “Nós precisamos do reconhecimento do Governo do Estado, pois somos os verdadeiros agentes que soa a camisa todos os dias, juntamente com os empresários, para que os tributos cheguem aos cobres públicos. O motivo mais forte dessa mobilização vai, desde a falta de incentivos fiscais
para as pequenas empresas, até a Nota Fiscal Alagoana que vem sendo imposta de goela a baixo”, assinalou.

Jordão também vez alusão a uma entrevista dada por dirigentes do Fisco a uma emissora de rádio de Arapiraca onde foi colocado que um dos objetivos da Nota Fiscal Alagoana é colocar três milhões de fiscais na rua. “A gente fica muito chocado porque com essa posição, pois dar a
entender que os empresários são sonegadores e os contabilistas coniventes com essa situação. O que não é verdade”, acentuou, acrescentando que as medidas adotadas até agora pelo Governo do Estado “são somente para penalizar esses dois segmentos”.

Em seguida, o presidente do Sindicato dos Contabilistas de Alagoas (Sindcont), Luiz Cesar, revelou que aquele era o momento dos dois segmentos dá um grito de protesto no sentido de que o Governo do Estado possa se reconciliar perante as duas categorias e gerar emprego e renda. “Governo está sufocando contabilistas e empresários com a exigência de informações e multas exorbitantes”, protestou ele, salientando que as multas chegam até a R$ 810,00 por nota, totalizando por talão não informado mais de R$ 40 mil.


Após o ato no Clube dos Fumicultores - que foi realizado pelo Sindicato dos Contabilistas de Alagoas (Sindcont), Associação dos Contabilistas de Alagoas (Ascontel), Associação das Micro e Pequenas Empresas de Arapiraca (Ampec Arapiraca), com apoio da Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de Alagoas e do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas (CRC/AL) - os manifestantes saíram em passeata pelas principais ruas de Arapiraca, demonstrando o poder de mobilização dos segmentos envolvidos com a finalidade de defender as suas demandas. A caminhada recebeu o apoio da população e dos lojistas que não poderam participar, que aplaudiam a iniciativa a todo o momento. A manifestação se encerrou em frente à sede da 7ª Gerência Regional de Arrecadação Fiscal da Sefaz, com uma série de pronunciamento de líderes e empresários.



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