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Com o objetivo de debater os cuidados, diagnóstico e tratamento da hanseníase na saúde pública de Maceió, o secretário José Thomaz Nonô participou de uma reunião com a equipe técnica da SMS, integrantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e a deputada federal Tereza Nelma, na manhã desta segunda-feira (23), na sede da SMS.
O objetivo é fortalecer a assistência e a linha de cuidado com a hanseníase, que já é praticada pelo Município nas unidades de saúde. “O foco do Município é o diagnóstico precoce na atenção primária, para evitar as sequelas que podem ser trazidas por um diagnóstico tardio”, explicou a coordenadora geral da Atenção Primária, Ednalva Araújo.
A coordenadora destacou ainda a importância da presença do Morhan Estadual e Municipal, tendo em vista, principalmente, a sua função de mobilização social.
Para Vânia Bernardino, técnica do Programa de Controle da Hanseníase da SMS, os debates fortalecem as políticas voltadas ao combate à doença. “Esses momentos são importantes para o enfrentamento de um problema tão grave pra saúde pública, como a hanseníase. Além de apresentar o que já vem sendo feito em Maceió”, pontuou.
O secretário frisou a importância de trocar experiências e de fortalecer o diálogo com as instituições. “O Município de Maceió já vem tratando a hanseníase com uma atenção especial, focando em capacitar profissionais, prepará-los para atender a esse público. Recebemos os membros do Mohran com toda atenção, ouvimos as necessidades e essa troca é fundamental pra gente ampliar e melhorar a linha de cuidados com a Hanseníase”.
A reunião contou com a presença das diretoras de Atenção à Saúde, Nara Albuquerque, e de Vigilância em Saúde, Fernanda Rodrigues, do coordenador Nacional do Morhan, Artur Custódio, além de representantes estaduais e municipais do movimento.
Capacitação dos profissionais da SMS
No mês passado, 315 profissionais da SMS foram capacitados para o diagnóstico e manejo clínico da hanseníase, por meio de um projeto da universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Entre os participantes do evento estiveram presentes agentes de saúde, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais, odontólogos, médicos, enfermeiros e membros do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) e do Consultório na Rua.
Maceió conta com 53 unidades de saúde capacitadas para o diagnóstico e tratamento, sendo seis de referência para a doença.
O que é hanseníase?
A hanseníase acomete a pele e os nervos, podendo atingir rosto, olhos, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés, e se apresenta por meio de lesões de pele, que podem ser manchas ou caroços, com alteração na sensibilidade, às vezes com rarefação de pelos. A doença pode se manifestar da forma paucibacilar (pouco bacilos) e multibacilar (muitos bacilos).
A transmissão é feita por meio do contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz de uma pessoa doente, mas após a primeira dose do tratamento, ela já deixa de ser transmissível. O tempo de incubação da hanseníase é de dois a cinco anos após a contaminação.
Quando o diagnóstico é feito ainda na forma inicial da doença, o tratamento é de seis meses. Já quando começa mais tardiamente, ele é de 12 meses, podendo o médico esticar um pouco em alguns casos. Caso não seja diagnosticada de forma precoce e tratada, a hanseníase pode deixar sequelas irreversíveis.
Informações e dúvidas sobre a hanseníase e locais de diagnóstico e tratamento podem ser tiradas na unidade de saúde mais próxima, ou na Ouvidoria do SUS de Maceió, pelo telefone 3315-5254 ou e-mail ouvidoriasaude@bol.com.br.
Jornal de Alagoas
