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18/09/2019 16:30:00

Servidores de Maribondo denunciam atraso de salários e contratação de prestadores de serviço


Servidores de Maribondo denunciam atraso de salários e contratação de prestadores de serviço

O atraso de pagamento dos salários da prefeitura de Maribondo, no Agreste de Alagoas, volta a causar transtornos aos servidores municipais e aos comerciantes da cidade que não recebem suas contas. Uma aposentada revela que está sendo obrigada a catar latinhas nas ruas pra poder ter dinheiro pra comprar seus remédios.

Segundo o vice-prefeito, Serginho Marques (PRTB), existem casos de quase três meses de salários atrasados, sem previsão de pagamento. Marques rompeu com o prefeito Leopoldo Pedrosa (PRB) após desentendimentos sobre a gestão que não valoriza e não respeita os servidores, além de outros casos de desmandos na administração municipal.

O atraso de salários (mais de 40 dias) atinge praticamente todos os servidores das áreas de Administração, Assistência Social, Saúde (exceto alguns programas), Infraestrutura e sem perspectivas de pagamento; simplesmente não há nenhuma informação ou data provável para pagamento dos salários dos meses de Julho e Agosto, além de parte do 13º de 2018 que ainda não foi concluído.

Já os aposentados estão sem ver a cor do dinheiro há mais de 70 dias. Nem mesmo o 13º salário do ano passado, que foi dividido em 12 vezes, está em dia. Já são dois meses de atraso. Servidores denunciam que o prefeito Leopoldo Pedrosa estaria contratando pessoas para prestar serviço à prefeitura, já que alguns efetivos não estão trabalhando.

Uma aposentada não identificada, que sofre de depressão e reside em Maceió, gravou um áudio dramático e veiculou nas redes sociais. No relato, ela conta sobre a dor que vem sofrendo com tantos problemas pra resolver, incluindo comprar medicamentos e pagar a parcela da casa própria, além de outros compromissos. Ela chora e pede que o prefeito Leopoldo Pedrosa seja pelo menos humano e honre com os salários dos servidores de Maribondo. É de cortar o coração ...

“Comecei a trabalhar na prefeitura de Maribondo em 1977, nunca vivi numa situação dessa. Hoje em dia não tenho dinheiro pra tomar os meus medicamentos. Uma vergonha, um funcionário da prefeitura de Maribondo passando fome, passando necessidade. Eu vou catar latinha. Eu vou sair aqui em Maceió catando lata e mandar o repórter me filmar dizendo sou funcionaria da prefeitura de Maribondo, estou catando latinha pra comprar o meu remédio. É uma vergonha pra quem? Pra mim não é.” relata a aposentada desesperada.

E a prefeitura, sem resposta. 

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