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17/09/2019 18:30:00

Ministério Público aguarda decisão sobre ação em defesa de patrimônio histórico de Pão de Açúcar


Ministério Público aguarda decisão sobre ação em defesa de patrimônio histórico de Pão de Açúcar

Um patrimônio histórico que poderia abrir as portas e servir de espaço cultural, tem colocado a vida da população de Pão de Açúcar em risco e como visitantes ratos, morcegos e escorpiões. O Paço Imperial- Casarão, situado no Centro, está em ruínas e o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da Promotoria de Justiça da cidade, ajuizou uma ação civil pública em defesa do referido patrimônio histórico e cultural com pedido de tutela provisória, para que os proprietários e o Município assumissem as medidas emergenciais necessárias para a recuperação e conservação. Prestes a fazer um ano, o processo não avançou e há possibilidade maior de o prédio desabar.

De acordo com a promotora de Justiça, Martha Bueno, todos os procedimentos de incumbência do Ministério Público já foram adotados, inclusive as partes provocadas à responsabilidade ouvidas. “Infelizmente, nenhuma das partes quer admitir sua obrigação. Os donos alegam que cabe à Prefeitura resgatar o patrimônio histórico e a Prefeitura afirma que sua responsabilidade se restringe, apenas, em conservar. Para nós é muito triste um prédio que poderia ofertar cultura, está desmoronando sem que as pessoas responsáveis se conscientizem dos seus deveres”, enfatiza a promotora Martha Bueno. A representante do MPE/AL lembra que o prédio foi tombado como patrimônio histórico e, mesmo assim, não há interesse em evitar o seu fim. Pela ação ajuízada, os proprietários foram citados enquanto solicitada intimação da Secretaria Municipal de Cultura e o Estado de Alagoas.

Nos pedidos, a promotora Martha Bueno especificou os tipos de medidas urgentes na tentativa de salvar o casarão, como: colocação de tapumes no entorno do imóvel, para fins de isolamento da área a ser restaurada, para assim evitar depredação; também a necessidade de limpezas, estabilização e contenção estrutural para impedir o desabamento. Ainda estabeleceu multa diária no valor de R$ 5 mil, para cada réu, caso descumprissem o que a Justiça viesse a determinar.

O casarão

O imóvel integra a rota histórica “Caminhos do Imperador”, em Alagoas, na rota do Rio São Francisco cuja maior referência foi ter sido utilizado como hospedagem do Imperador D. Pedro II, quando o mesmo esteve na região no período de 17 a 22 de outubro de 1859.

Al1

Fonte: Ascom MPE/AL



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