“Foi fraude em licitação ou superfaturamento? As crianças ficarão sem transporte escolar?... As informações ainda são desencontradas... Não tem nada claro sobre essa operação”. Dessa forma, o deputado Davi Maia (DEM) justificou o requerimento, de sua autoria, solicitando informações ao superintendente da CGU em Alagoas, Moacir Rodrigues de Oliveira, acerca da Operação Casmurros.

Lido e discutido na sessão desta quarta-feira (11), o requerimento gerou um pequeno debate no plenário.

“A polícia investigue, apure e depois a gente sabe quem são os culpados”, disse a deputada Ângela Garrote (Progressistas). Para ela, a aprovação do requerimento é prematura, já que nem a Polícia Federal tem todas as informações ainda sobre o caso.

Marcelo Beltrão (MDB) e Francisco Tenório (PMN) lembraram que a própria Lei de Acesso à Informação (LAI) garante a publicidade do relatório da CGU que serviu como base para a investigação policial.

Tenório disse também que não acredita que houve superfaturamento nos contratos firmados pela Secretaria de Estado de Educação e empresas de transporte escolar, ao contrário: “Acho que há subfaturamento... Eles estavam recebendo muito pouco pelo trabalho e a maioria quebrou”.

Frisando não enxergar problemas na divulgação das informações solicitadas por Maia, o líder do governo na Casa, Silvio Camelo (PV) sugeriu que, para ter um “parâmetro” sobre se houve ou não superfaturamento, Maia deveria procurar saber quanto é pago pela prefeitura de Maceió para o transporte escolar.