Os dirigentes das entidades que representam os fornecedores de cana dos Estados produtores do Nordeste, reunidos esta semana em Recife, estarão solicitando aos governos estaduais e a União à adoção de medidas capazes de amenizar os prejuízos causados ao setor com a ampliação da cota de importação do biocombustível determinada pelo Governo Federal.
“A primeira medida adotada será cobrar do governo federal uma contrapartida para que possa ser mantida a produção local. Entre as sugestões que serão analisadas para serem encaminhadas estão: criação de subvenção; exportação de açúcar para os Estados Unidos, entre outras opções”, afirmou o presidente da Asplana, Edgar Filho, que participou do encontro promovido pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), na capital pernambucana.
Segundo o líder dos fornecedores de cana de Alagoas, outra medida que ficou determinada é que seja solicitada - a cada governador nordestino - a taxação do etanol importado. “Com isso, seria criada uma barreira que impediria que o esse etanol vindo de fora entrasse aqui no Nordeste, evitando prejuízo na geração de emprego e de renda. Mas, para isso acontecer, todos os Estado teriam que aderir. Neste sentido, cada entidade, na sua base, vai realizar este trabalho junto aos governos”, afirmou.
Semana passada, o governo federal publicou portaria ampliando a cota de etanol importado pelo Brasil, sem taxação, de 600 milhões de litros para 750 milhões. A nova cota, que beneficiaria principalmente os Estados Unidos, representa 36% da produção de etanol de toda a região Nordeste. A portaria do governo federal já está em vigor e tem validade de 12 meses.
Jornal de Alagoas